1 – DEPOIS DO CHOQUE, COMO SE REORGANIZOU A CASA?
Era um condomínio com administração própria. Pagamentos, recebimentos e inadimplência tinham controle manual. Pagamentos de impostos, de funcionários etc. também eram realizados desta maneira. Havia um síndico ativo, que organizava festas coletivas, mas que uma noite brigou com a companheira e resolveu ir embora, levando todos os registros do condomínio. Na manhã seguinte, passou no banco e sacou o que podia (exceto o que estava para ser compensado), algo em torno de R$ 230 mil. Fui eleito síndico profissional numa Assembleia Geral Extraordinária para concluir o mandato e resolver a situação. Não havia outra saída senão renegociar todos os pagamentos e buscar dinheiro extra para a folha dos funcionários. Nova Assembleia aprovou o rateio e organizamos festas dentro do condomínio para levantar fundos.
2 – COMO FOI A TRATATIVA COM OS CONDÔMINOS?
Foi preciso expor a situação de maneira transparente. Neste caso, as festas não apenas ajudaram a alavancar o caixa, quanto uniu o condomínio. Foram meses complicados, mas compensadores, pois as famílias passaram a disponibilizar uma parte de seu tempo para conviver com os demais moradores.
3 – O QUE FOI FEITO P A RA REAVER O DINHEIRO E PENALIZAR O RESPONSÁVEL?
Acionamos os órgãos competentes nas áreas cível e criminal contra o ex-síndico, que responde a processo, mas este ainda não foi julgado. Quanto ao histórico anterior da inadimplência, não pôde ser recuperado.
Cristovão Luis Lopes - Síndico profissional e gestor predial, foi gerente de bancos por 30 anos. Fez cursos na área condominial.
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Matéria publicada na edição - 194 de set/2014 da Revista Direcional Condomínios