
Síndico Roger Prospero: “Antigamente as decisões do gestor eram mais impostas, sem a preocupação de se abrir os processos”
Nessa época, ele assumiu, pela primeira vez, a gestão do condomínio-clube onde reside, na zona Sul de São Paulo. Depois disso, Roger trocou a área corporativa pela nova atividade e apresenta abaixo uma síntese das mudanças que testemunhou e/ou ajudou a implantar.
- Condômino mais participativo & exigente
“O condômino passou a ter um olhar mais ativo para o dia a dia do prédio, o que se acentuou bastante com a pandemia. Ele está mais participativo e exigente, principalmente em relação à transparência das informações financeiras, administrativas e de gestão dos funcionários. Ele exige saúde financeira. E o síndico e o corpo diretivo devem ter uma ‘antena’ para captar as manifestações da coletividade.”
- Transparência nas contratações
“Temos aberto cada vez mais os processos à participação dos condôminos. Por exemplo, para uma obra emergencial prevista em R$ 200 mil e aprovada em uma AGO (Assembleia Ordinária) em novembro passado, fizemos uma consulta [via aplicativo] para que eles nos ajudassem a escolher o fornecedor, depois de apresentarmos um filtro de empresas qualificadas e idôneas.”
- Novos serviços & posturas
“Coleta seletiva, educação ambiental, racionalização do consumo de água e energia, contratação de serviços de apoio como assessoria esportiva, promoção de feiras livres e eventos fazem parte das demandas já agregadas à agenda do síndico. Agora vem a demanda pela recarga de veículos elétricos, pelo coworking e homeschooling. Um dos atuais desafios do gestor é incentivar as pessoas a interagirem nos espaços comuns.”
- Convenção e o regulamento interno como norte
“Trabalhamos com mais transparência e diálogo, tornamos o ambiente mais democrático e participativo, mas, ao mesmo tempo, exigimos maior cumprimento da Convenção e do Regulamento Interno (RI), pois, com todos dentro do condomínio, passamos a ter essa necessidade.”
- O que veio para ficar no "novo normal"
“A preocupação com a limpeza mais estética cedeu lugar à necessidade de higienização e desinfecção dos ambientes. Por outro lado, o morador gostou da obrigatoriedade de reservas obrigatórias para uso de ambientes como as academias e piscinas. Isso lhe garantiu possibilidade de usar efetivamente os equipamentos. Há uma nova etiqueta social em curso.”
Matéria publicada na edição - 263 - jan/2021 da Revista Direcional Condomínios
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