Hall social, o cartão de visitas do condomínio

Piso em ardósia revitalizado resgata imponência e leveza do ambiente.

Muitas são as modas que vêm e vão em relação aos acabamentos e decorações das áreas comuns nos edifícios. Estou falando principalmente de edifícios das décadas de 80 e 90, onde a moda em acabamentos de piso era a imponente e nobre Ardósia. Ela é considerada uma das pedras mais duráveis para construção, enfeitando as várias áreas em comum como um revestimento de alto padrão.

Originalmente nas cores cinza, preta e grafite, com sua superfície lisa, algumas mais uniformes e outras com lindos veios, suas peças podiam receber diversos acabamentos e formatos. Alguns acabamentos das décadas de 80 e 90 eram os tons cinza, preto e verde, sendo a preferência o acabamento com brilho para fácil limpeza e manutenção. A ardósia é uma pedra com possibilidade de ser colocada em ambientes externos, internos e úmidos, pois tem grande durabilidade devido à sua baixa absorção de água. E o preço do metro quadrado sempre foi bem atraente.

O Edifício Ilha de Guadeloupe, onde sou síndica, em São Paulo (SP), possui uma extensa área interna em ardósia, envolvendo os dois halls sociais, o salão de festas e os lavabos. Podemos considerar em torno de 110 metros quadrados de piso. Mas sua aparência vinha apresentando um aspecto de antigo e antiquado. A superfície estava com um tom amarelado devido a inúmeras ceras recebidas ao longo do tempo, bem como pela incidência do sol, que bate com frequência nesses ambientes. Havia ainda pontos onde a própria cera já havia desgastado. Isso mostrava uma grande necessidade de atenção a toda essa área.

Se fôssemos pensar na moda atual, iríamos promover a troca do piso. Removendo o mais antigo e dando espaço a porcelanatos de variados desenhos com a ilusão de trazer modernidade. Isso tem sido uma grande tendência nos halls e salão de festas de edifícios com idade entre 20 e 35 anos.

Mas, pensando na conservação e valorização de nosso patrimônio, além do custo que essa grande remoção iria gerar e, principalmente, no que já tínhamos instalado, um piso muito mais resistente que a cerâmica e o porcelanato. Um piso nobre, de alto padrão, que deveria ser preservado e recuperado. A própria resistência do piso durante 30 anos também foi um fator decisivo para a revitalização desta pedra tão nobre, decisão que resolvemos encaminhar à apreciação dos condôminos.

Fizemos então uma seleção prévia de fornecedores e a apresentação da proposta em assembleia. Assim, foi aprovada a contratação de uma empresa de revitalização de piso. O serviço foi realizado em diversas fases, incluindo uma raspagem e lavagem delicada, a troca do rejunte, tudo feito com muito capricho e mão de artesão para evitar quebrar o desenho. Conforme o serviço avançava, conseguíamos rever aquela beleza imponente da ardósia cinza, ampliando mais ainda as áreas tratadas.

Optamos pelo acabamento fosco com uma proteção de selante, que trouxe leveza e modernidade. Uma arquiteta decoradora foi contratada para compor o novo mobiliário do ambiente, imprimindo mais uma marca de Conservação e Valorização do Patrimônio de nosso prédio.


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Autor

  • Cristiane Bittencourt Reis

    Síndica profissional em São Paulo, tem formação na área pela Gabor RH. É graduada em Comunicação Social, com MBA em Recursos Humanos pela USP e educação continuada em Finanças, RH e Administração pela FGV. Tem 20 anos de experiência na área administrativa em empresa privada e é sócia da Ruffino & Alvim Empreendimentos e Administração de Imóveis. Possui ainda cursos de Gestão em Qualidade de Vida pela FEA-USP PROGEP, Administração de Conflitos e Qualidade Máxima no Atendimento ao Cliente, os dois últimos pelo Sebrae.

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