O dramaturgo José Celso Martinez Corrêa morreu nesta quinta-feira (6) aos 86 anos. Mais uma estrela combativa que se apaga nos palcos, a exemplo de Gianfrancesco Guarnieri e Cacilda Becker, contemporâneos da mobilização artística no estado autoritário dos anos 1960.
Criativo, ousado e irreverente, Zé Celso criou o Teatro Oficina em 1958, que perdura há seis décadas. Dez anos depois, dirigiu “Roda Vida” (de Chico Buarque), uma montagem com uso de linguagem contestadora que acabou proibida pela censura de forma agressiva. Na década de 1970, Zé Celso foi preso e torturado, mas antes viu o prédio do teatro ser destruído em um incêndio em 1966, e reconstruído pela classe teatral.
Ironicamente, o artista faleceu em decorrência de outro incêndio, este ocorrido na manhã de terça-feira (4), em seu apartamento no Paraíso, zona sul de São Paulo. A causa do incêndio está sendo apurada, mas suspeita-se estar relacionada ao aquecedor elétrico do quarto de Zé Celso. O artista teve mais de 50% do corpo queimado e estava internado na UTI do Hospital das Clínicas. Por conta do acidente, Marcelo Drummond, marido do dramaturgo, além de mais dois moradores do imóvel, foram internados no Hospital São Paulo, mas receberam alta hoje.
A notícia é triste, porém acende o alerta para síndicos e condôminos: incêndios acontecem, são reais, podem ter consequências trágicas e é preciso fazer tudo o que estiver ao alcance de todos para prevenir que ocorra no condomínio, ou, se ocorrer, que os equipamentos de alarme e de contenção estejam em perfeitas condições. A revista Direcional Condomínios deste mês traz a matéria Redução de Riscos, sobre preparação do condomínio para obtenção do AVCB, e sugestões como realização de palestras para educar os condôminos acerca de prevenção de sinistros. Não deixe de conferir!