Montando a academia no prédio: uma experiência coletiva

Síndica, enfermeira-chefe do centro cirúrgico de um grande hospital de São Paulo, Christiane Riginik Castanheira também é profissional da área de Educação Física e, por isso, não poderia deixar de implantar o espaço fitness no Condomínio Edifício Villa Nueva, onde mora e que administra há cerca de três anos.

Christiane Riginik Castanheira

A síndica Christiane R. Castanheira e o personal Enilson V. Xavier: Parceria a quatro mãos na implantação e ocupação da academia

No final de 2017, em reportagem da Direcional Condomínios, Christiane informava que havia feito pesquisa junto aos moradores das 56 unidades do residencial para observar as suas necessidades e definir o perfil da futura academia. Afinal, com pouco mais de dez anos de construção, piscina, ampla quadra e churrasqueira, o edifício localizado no Mandaqui, zona Norte da Capital, não dispunha ainda deste espaço. Ele foi alocado em um antigo salão de jogos, sem uso, e inaugurado em setembro de 2018.

A Direcional foi conhecer o ambiente, concebido por Christiane, mas montado de forma coletiva, com apoio de moradores. A própria síndica, pela sua formação, definiu o escopo dos equipamentos (duas esteiras, uma bicicleta, estação de musculação, alteres e demais acessórios), mas um grupo de condôminos articulados via WhatsApp ajudou na definição do regulamento de uso.

Um dos principais colaboradores foi e tem sido o personal trainer Enilson Vanderlei Xavier, também graduado em Educação Física, com 25 anos de atuação na área. Enilson coordenou, nos meses finais do ano passado, treinos funcionais coletivos na quadra do condomínio. O objetivo foi promover a integração, dar orientações e incentivar a utilização da nova academia. “Depois que as pessoas começam a atividade física, não querem parar mais”, observa Enilson. Segundo ele, há uma tendência crescente a se deixar o sedentarismo de lado e abraçar uma vida mais ativa.

Por isso, recomenda Enilson, todo espaço fitness de um prédio deve oferecer recursos que permitam trabalhar força, resistência, coordenação motora, flexibilidade, agilidade e velocidade em diferentes faixas etárias. No caso do Villa Nueva, os equipamentos principais foram locados, com destaque para uma estação de musculação cross-over, que possibilita que até quatro pessoas se exercitem simultaneamente. Outros dois aparelhos foram doados por moradores: um elíptico e uma mesa extensora e flexora para pernas, dotada de supino inclinado. Um novo piso vinílico, mesclado à borracha reciclada de pneu, com 6mm de espessura, completa o ambiente. “É um revestimento pesado, anti-impacto e resistente, que fixa no chão sem necessidade de cola”, afirma a síndica.

Christiane comemora o sucesso da iniciativa, pois a academia, incrementada pelos treinos funcionais coletivos, permitiram aos vizinhos se conhecer mais. “Eles passaram a descer mais para a quadra, fazer networking, a trocar informações; hoje nosso condomínio é feliz.”

LIMPEZA DA ÁREA FITNESS – A revista Higiplus, ligada à Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), publicou no ano passado dicas de limpeza no ambiente das academias, incluindo os equipamentos, pisos e a chamada área úmida (banheiros e vestiários). Elas foram colhidas junto dos fabricantes dos segmentos de fitness e de limpeza e propõem, em síntese:

– Que os pisos emborrachados sejam limpos com o uso de mops e esfregões, úmidos ou secos, acompanhados de baldes espremedores. Se a manutenção optar pela aplicação de produtos químicos, o mercado oferece soluções neutras de limpeza e desinfecção, com propriedade bactericida;

– Nos equipamentos (halteres, bicicletas, esteiras e colchonetes) também são recomendados os “desinfetantes neutros”, “para evitar o acúmulo de bactérias que causam micoses e outras infecções”. Odores desagradáveis no local podem ser indicativos da presença de bactérias; e,

– Nos banheiros e vestiários, a limpeza deverá ser constante com o uso de detergentes e desinfetantes, além de panos multiuso coloridos, cada cor destinada a um tipo de superfície, evitando a contaminação cruzada. Os cestos de lixo deverão ter pedaleiras e as saboneteiras ou dispensers ser providos de soluções bactericidas para higienização das mãos.

No geral, as academias deverão disponibilizar papel toalha descartável e álcool gel para que os próprios usuários façam a higienização dos aparelhos antes e depois da prática.

Matéria publicada na edição – 241 – janeiro/2019 da Revista Direcional Condomínios

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Autor

  • Diego

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