Engenheiro orienta sobre manutenção das bombas dos condomínios

As bombas ligadas ao sistema hidráulico das edificações são equipamentos de longa durabilidade no tempo, apesar do funcionamento contínuo de muitas delas, em especial daquelas responsáveis pelo abastecimento da água de consumo.

“As bombas apresentam longa vida útil quando bem projetadas, instaladas e operadas. Se elas derem problemas recorrentes desde o início, é preciso rever o projeto, às vezes foram mal dimensionadas ou instaladas, mas isso é raro”, afirma o engenheiro civil Renato Luiz Moreira.

Com 18 anos de trabalho com projetos hidráulicos, Renato Moreira observa que apenas bombas mais antigas, com cerca de 40 anos, costumam ser trocadas. É o que ocorreu no Condomínio Edifício Ilhéus, um prédio de 1968 situado na Bela Vista, região central de São Paulo. A síndica Maria Russo adquiriu recentemente uma nova bomba de recalque para a água limpa, além de trocar as tubulações que alimentam o sistema.

O engenheiro Renato Moreira propõe que os condomínios desenvolvam um plano de contingência para a operação e monitoramento desses equipamentos, o que resulta tanto na sua manutenção preditiva quanto preventiva. “As edificações trazem três principais tipos de bombas. As de recalque são as mais importantes, porque garantem o abastecimento de água limpa para o condomínio. Já as de drenagem retiram o excesso da água da chuva. E há casos de necessidade da bomba de esgoto. De 75% a 80% das falhas ocorrem por problemas de instalação e, depois de manutenção”, afirma.

Outra origem de problema se encontra na parte elétrica do conjunto motobomba, como é conhecido o sistema elétrico e mecânico de operação das bombas. Renato Moreira recomenda, como parte do plano de contingência, que o zelador ou manutencista verifique o painel sempre que houver queda de energia e se a bomba ligou. “Às vezes o painel até fica aceso, mas a bomba não está funcionando, situação que enfrentamos em nosso condomínio.” Ele diz que em seu prédio houve episódio em que a energia voltou depois de uma queda, mas a bomba continuou parada, situação que foi percebida somente quando acabou a água dos reservatórios superiores.

O engenheiro tem se deparado ainda com problemas relacionados a bombas de pressurização desreguladas, o que gera o rompimento de tubulações e demais componentes hidráulicos.

Matéria publicada na edição – 234 – maio/2018 da Revista Direcional Condomínios

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