Confira como atua uma comissão de segurança entre os condôminos: a experiência do Residencial Welcome

O controle de acesso é uma das áreas que mais preocupa a nova síndica do Residencial Welcome, Márcia Dias Teixeira Carvalho. Durante três anos, ela presidiu a Comissão de Segurança deste edifício onde mora, em Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, e para o qual foi eleita síndica no último dia 10 de dezembro. O Residencial Welcome é um prédio novo, entregue há apenas quatro anos com 42 unidades, e busca aprimorar seu sistema de segurança. Essa, inclusive, foi uma das plataformas da eleição de Márcia.

A Comissão foi montada há três anos, com o objetivo de auxiliar no diagnóstico do sistema de segurança e propor soluções, lembra a nova síndica. Ela observa, por exemplo, necessidade de aprimoramento em procedimentos cotidianos, como na situação de visitantes que estejam em processo de identificação pelo porteiro, via interfone, mas acabem “tomando carona” com a abertura dos portões a um eventual morador, antes mesmo de terem sua entrada liberada. O ideal, considera Márcia, seria que antes da liberação do portão ao morador, este aguardasse a conclusão do atendimento ao visitante. Esse é apenas um entre muitos exemplos.

Ou seja, os riscos existem nas ocasiões aparentemente mais improváveis e inocentes, por isso, é fundamental que haja um conjunto de procedimentos bem articulado e trabalhado tanto junto dos moradores quanto dos funcionários do condomínio, acredita Márcia. Assim, durante esse período, a comissão de quatro moradores voluntários do Welcome conseguiu ver aprovada em assembleia de condôminos sua recomendação de que os funcionários recebessem treinamento periódico e, os moradores, orientação para casos como o relatado acima.

Agora, com sua eleição, Márcia pretende implantar essa e algumas das soluções propostas pela comissão, as quais estão embasadas em um diagnóstico de risco realizado por um profissional especializado na área. “Nosso prédio não foi entregue com as barreiras físicas necessárias, entre elas, com falta de contenção para entregadores, um fundo vulnerável e a inexistência de proteção na área externa da frente do condomínio. Com isso tivemos que gastar mais com equipamentos tecnológicos. Trabalhamos então muito em parceria com o consultor, fazíamos reuniões às vezes semanais, aos sábados, e depois mensais. Propusemos a partir daí a blindagem da guarita, o reforço do sistema de CFTV na parte perimetral, fechamento em vidro da área externa para aumentar a sensação de segurança, implantação de eclusa nos acessos de pedestres e veículos, e o treinamento dos funcionários e orientação dos moradores.”

Algumas dessas medidas ainda não foram adotadas, comenta Márcia, mas a comissão conquistou a eclusa com o intertravamento, a proteção do perímetro da frente com barreira física em vidro, e a do perímetro do fundo com alarme. Além disso, o condomínio faz parte de uma associação de moradores da Rua Mateus Grou, que contrata ronda noturna externa motorizada. Agora, à frente do condomínio como síndica, Márcia pretende aprimorar o sistema, especialmente o controle de acesso, através de uma sintonia fina entre funcionários e moradores.

Foto: Rosali Figueiredo

Matéria complementar da edição – 186 de dez/2013 da Revista Direcional Condomínios

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