Garagem em condomínios 2: Tratamento da base do piso e do contrapiso

Em entrevista para a reportagem de garagem publicada na Direcional Condomínios em 2020 (edição de março), o engenheiro civil Gustavo Maluf Cury já alertava que para qualquer serviço de recuperação do piso deste tipo de ambiente (coberto ou descoberto, em nível ou subsolo, sobre laje ou aterro), é fundamental a correção do substrato (base e contrapiso), “deixá-lo liso, homogêneo”.

Síndico

Imagem de piso de garagem de condomínio recém-implantado, com acabamento usinado mais rústico (básico)

Outra dica deixada pelos especialistas já consultados pela revista é a de que locais que tenham incidência de umidade, com pressão da água vinda do solo, precisam receber tratamento específico, para evitar a ocorrência futura de bolhas de osmose no epóxi (elas são causadas pela ascensão de água do solo por pressão de capilaridade nos poros do concreto).

Mas segundo o engenheiro Wagner Silva, que gerencia obras de recuperação estrutural, reformas e construção em São Paulo, raramente é preciso reconstruir todo o substrato em uma garagem. Cada caso exige uma abordagem própria, “porque se há fissuras, contrata-se uma empresa especializada para verificar se são ou não estruturais; caso não sejam, apenas tratamos a fissura antes de fazer o acabamento”. É preciso ainda, observa, analisar se o contrapiso completou o seu ciclo de vida útil.

Drenagem

O engenheiro faz ainda um alerta: “Em subsolos muito profundos, é preciso haver um sistema de drenagem eficiente, para evitar que a água do lençol freático invada o ambiente da garagem, principalmente durante as chuvas. Problemas em um acabamento, como no epóxi, podem ser sintomas de deficiências na drenagem”.

“Observo síndicos sofrendo por desconhecimento e/ou omissão nessa parte da drenagem. As pessoas veem a água escorrendo e não sabem de onde ela vem, às vezes é um problema de bomba de drenagem ou recalque, às vezes é do próprio sistema de drenagem. Os gestores precisam ter um noção básica do funcionamento da instalações, para darem o devido acompanhamento”, arremata.

Quanto aos tipos de acabamento, Wagner Silva explica que vão do básico, como “o concreto desempenado como um cimento queimado, que ‘aceita’ a pintura de faixas demarcatórias”; ao liso, “bem-feito”, “um usinado com ou sem bambolê, máquina que deixa a superfície espelhada”. As resinas, por sua vez, proporcionam um resultado ainda melhor, caso do epóxi, completa o engenheiro.

protetores nos pilares da garagem

PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO PARA A MANOBRA DOS VEÍCULOS – Imagens de protetores nos pilares e paredes dos dois subsolos de garagem do Condomínio Top Village, localizado em Alphaville, Região Metropolitana de São Paulo. Os acessórios foram instalados em 2020 pela síndica Kelly Remonti, depois da pintura desses ambientes. Segundo a gestora, esta era uma demanda dos moradores, pois acessórios como cantoneiras, protetores laterais e de parachoques, além de limitadores de vaga, ajudam a proteger os veículos durante as manobras. Já as linhas demarcatórias com pintura permanente e lombadas disciplinam o tráfego e uso da garagem.


Matéria publicada na edição – 265 – mar/2021 da Revista Direcional Condomínios

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Autor

  • Diego

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