Tecnologia e responsabilidade socioambiental chegam à atividade de limpeza dos condomínios

A gestão dos processos de limpeza nos condomínios garante não só qualidade de vida aos moradores, mas também a preservação do patrimônio, redução dos gastos, ganho de tempo e maior eficiência dos profissionais da área. Para isso, no entanto, é preciso planejamento e providenciar equipamentos adequados, pois hoje já não se pode mais falar em rodos e panos velhos. O mercado de equipamentos de limpeza viveu modernização expressiva nos últimos anos, em conformidade com as novas tecnologias e os conceitos de responsabilidade socioambiental, os quais envolvem combate ao desperdício e proteção à saúde do trabalhador.

O mercado oferece ampla variedade de equipamentos de limpeza e, para ajudar na escolha apropriada, os condomínios podem contar com o Manual de Processos elaborado pela Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional). É um guia de gerenciamento de higiene e limpeza que explica detalhadamente todos os processos que envolvem a atividade.

“Cada dia mais o mercado se profissionaliza, com grande demanda por capacitação e inovação tecnológica. O Manual de Processos foi atualizado a partir de uma extensa pesquisa e serve de baliza para os condomínios. Apresentamos estudos de desempenho, o que permite adequar o equipamento à necessidade de cada empreendimento”, diz Romilton dos Santos, presidente da entidade (o material está disponível no site da entidade, no endereço www.abralimp.org.br).

KIT BÁSICO & EPIs

Os condomínios dispõem sempre de uma espécie de kit básico, adquirido no momento de sua implantação e que inclui lixeiras variadas, capachos, carrinhos para coleta do lixo, acolchoados para o elevador etc. Mas entre os recursos que os síndicos devem providenciar estão também os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de fornecimento obrigatório aos funcionários, com vistas a proteger contra acidentes de trabalho ou doenças profissionais, lembra o consultor técnico da área, Osmar Viviani. “O equipamento, de uso individual, não deve ter custo ao colaborador”, destaca. Botas, luvas de borracha, protetor ocular, máscaras e aventais são itens que não podem faltar.

Isso é importante, pois, de acordo com o zelador Antonio Moreira, “a limpeza pode trazer riscos”. Moreira atua no Condomínio New Century Quality Home, localizado no Cambuci, região central de São Paulo, onde acompanha o trabalho de uma equipe terceirizada, com 15 funcionários. Ali, normas e procedimentos são seguidos à risca, já que funcionários da limpeza precisam de proteção.

VIDROS & ÁREAS EXTERNAS

Mas também deve estar na perspectiva dos administradores oferecerem equipamentos que facilitem a vida dos faxineiros e aprimorem os serviços. Uma boa opção encontrada por Moreira foi utilizar um estojo para limpeza de vidros. “Toda a parte social tem muito vidro e esse estojo, que contém rodo fino, espátula para limpar sujeiras sólidas e esponjas especiais, ajuda muito”, observa. Para Moreira, é preciso economizar sem abrir mão da eficácia na limpeza. “Usamos ainda lavadora de alta pressão, que limpa mesmo e você só gasta a água que usa, diferente da torneira que provoca desperdício”, diz.

LOCAÇÃO

Uma alternativa que tem se apresentado aos síndicos e já configura tendência é a locação de alguns equipamentos. Lavadoras de alta pressão, máquinas para limpeza de carpetes, enceradeiras, aspiradores industriais, além de kits de limpeza específicos para pisos, carpetes e fachadas, podem ser alugados pelos condomínios. Os locatários pagam apenas pelo tempo de uso, que pode ser de um único dia. “Não há necessidade de imobilizar capital” na compra de “algo que requer manutenção constante e, devido à tecnologia, mão de obra mais qualificada”, destaca o empresário da área de locação, Marcelo Guerra Lages.

COLETA SELETIVA LIXEIRAS NAS CALÇADAS

A coleta de resíduos residenciais é mais um item que exige equipamentos específicos, pois deve ser diária e, de preferência, acompanhada da separação de materiais recicláveis, o que demanda mais trabalho e a colaboração de todos. Nesse sentido, as lixeiras coloridas, padronizadas internacionalmente para identificação dos materiais recicláveis, acabam compondo um kit obrigatório aos condomínios que resolvem implantar programas de coleta seletiva. O ideal é que elas estejam em cada andar, em tamanhos menores e, para acondicionamento antes do descarte, recomenda-se usar contêineres maiores, tanto para o lixo orgânico, quanto para o reutilizável, aponta o síndico Sílvio Timóteo, do Condomínio Residencial Ilha de Boaçava, localizado no Alto de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo.

Finalmente, é importante observar a Lei 15.442/2011, sobre a não obstrução de calçadas na cidade de São Paulo, bem como a determinação da prefeitura para que o lixo seja colocado apenas duas horas antes da coleta, sob pena de multa de R$ 57. Nesse sentido, as lixeiras de calçadas são indispensáveis, bem como os carrinhos que transportam os resíduos até elas. No condomínio de Timóteo, para atender tanto ao horário de colocação do lixo como à desobstrução da calçada, a solução foi tirar as lixeiras da rua da entrada principal do condomínio, mais movimentada, e colocá-las na via ao lado, mais tranquila e também limítrofe ao empreendimento. Antes, quando o lixo era colocado na rua do acesso principal, os equipamentos atrapalhavam a visibilidade da saída da garagem e a passagem de pedestres, o que chegou a ocasionar a batida de um veículo contra a lixeira, conclui o síndico do Boaçava.

Matéria publicada na Edição 181 – jul/2013 da Revista Direcional Condomínios

Autor

  • Diego

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