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A situação financeira do Condomín
Repleto de condomínios sofisticadíssimos e também com opções para a classe média, o Morumbi se firma como bairro de sucesso.
Bairro que mais cresceu em área construída no último ano, segundo o número de apartamentos lançados, o Morumbi, na região sudoeste de São Paulo, é um grande foco do mercado imobiliário, aponta a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). E é também o bairro com valor médio de condomínio mais alto da capital, segundo pesquisa de uma grande administradora da região – não pela localização, mas pelo grande número de imóveis de um apartamento por andar.
Um dos fatores que pesam é a segurança, diz Sérgio Meira Castro Neto, diretor de condomínios do Secovi (Sindicato da Habitação). “Os edifícios são equipados com guaritas blindadas, portões duplos, circuito interno de TV e iluminação sofisticada nas partes comuns, com sensores”, explica. Outra mudança é a comunicação entre os condomínios, que formam uma rede de segurança. “Muitos estão interligados com rádios e as câmeras de um ficam voltadas para o outro, que pode tomar uma atitude se perceber um assalto”, explica.
Há lugar no Morumbi, porém, para a classe média. Dados da Embraesp mostram que no primeiro semestre de 2007 foram lançados 13 empreendimentos no bairro, com apartamentos de dois a quatro dormitórios. Segundo o presidente da empresa, Luiz Paulo Pompéia, por ser muito grande, o bairro inclui várias classes sociais e tipos de empreendimentos. A pesquisa mostrou que os apartamentos de quatro dormitórios deram lugar para os de três. E a área útil média havia caído de 193 para 124 metros quadrados. Segundo imobiliárias da região, a tendência de construção de moradias voltadas à classe média nos próximos anos deve ser impulsionada pela liquidez das unidades – ou seja, vendem muito mais fácil.
Morumbi significa “colina verde”, em tupi. Da fazenda do começo do século 19, restou apenas a Casa da Fazenda Morumbi, hoje um ponto turístico. A urbanização começou na década de 40 e os terrenos eram vendidos exclusivamente para a construção de casas. Com muita área verde, o Morumbi passou a ser sinônimo de qualidade de vida. A 15 quilômetros do centro, inicialmente considerado distante, ficou mais acessível com o avanço da malha viária – exceto pelos transtornos do trânsito, problema que não lhe é exclusivo. Mas, ainda este ano, uma nova avenida, paralela a Giovanni Gronchi, deverá facilitar a saída para a Marginal Pinheiros, deixando os motoristas a um quilômetro da Ponte João Dias. Com isso, espera-se melhorar o tráfego da Giovanni Gronchi, que chega a receber 20% a mais de carros por hora, no pico da manhã, além de sua capacidade. Uma tendência, porém, deverá diminuir os deslocamentos dos moradores, segundo Meira: “São os condomínios clubes, que oferecem academia e clube, por exemplo.”
A grande novidade da região é o bairro privativo lançado pela incorporadora Rossi, em parceria com a construtora Even. É o maior condomínio residencial da região, com complexo de lazer e centro comercial, numa área de 155 mil metros quadrados. “O mais ousado e importante empreendimento desenvolvido pela empresa”, diz o presidente do conselho de administração, João Rossi. O Paulistano Bairro Privativo, misto de condomínio vertical e horizontal, terá 1.055 unidades, entre casas e apartamentos.
O Morumbi é um distrito de São Paulo, composto por 19 bairros. Abriga o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, construído para a Universidade Conde Francisco Matarazzo, que nunca saiu do papel. Acabou nas mãos do governo, em 1964, para pagar impostos do grupo Matarazzo. O Estádio do Morumbi, sede do São Paulo Futebol Clube foi um impulso para o crescimento da região nos anos 1950. Durante os oito anos de obra, as ruas se multiplicaram, bem como o número de residências. Em 1995, a inauguração do Parque Burle Marx, com mais de 450 mil metros quadrados, deu mais um atrativo à região.
Matéria publicada na edição 126 jul/08 da Revista Direcional Condomínios
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