Elevadores – Modernização Técnica

Menos problemas, mais economia

O síndico José Eduardo Sichetti não esperava que fosse ter um resultado tão satisfatório na modernização feita em 2003 nos oito elevadores do Condomínio Residencial Mediterrâneo. “Antes, eram máquinas a relê, ou seja, mecânicas, muito antigas. Trocamos para um sistema digital. Mudamos o quadro de comando, que é o cérebro do elevador, e instalamos novas botoeiras.”

Sichetti lembra que a obra de modernização levou cerca de oito meses para ficar pronta nas quatro torres do condomínio. Foram investidos cerca de R$ 175 mil para o serviço de embelezamento e modernização. Ele afirma que a maior vantagem foi a redução de custos com manutenção: “O nosso condomínio sempre tinha problemas com o funcionamento das máquinas. Como os elevadores deviam ter mais de 16 anos, aconteciam quebras constantes. Por isso, quase a cada três dias, chamávamos a empresa de manutenção.” As mudanças foram significativas. “Reduzimos o custo de manutenção em torno de 60%, porque diminuímos o número de chamadas para a empresa especializada”, conta. 

O condomínio de Sichetti conta ainda com o sistema inteligente nos elevadores. “Com esse novo equipamento, só se gasta de acordo com a necessidade. Se uma pessoa pede um elevador, apenas a máquina que estiver mais próxima é destinada para o atendimento àquele andar”, exemplifica Daniel Fontes, diretor de uma empresa de modernização de elevadores. Ele assegura que o condomínio economiza, em energia elétrica, cerca de 40% do que se consumia com os elevadores. Mas, a modernização técnica é, muitas vezes, uma obra de alto custo. Por isso, hoje existem as facilidades de pagamento, como o financiamento em 24 ou até 36 vezes. 

Fontes comenta que tem aumentado a procura pelo serviço de modernização. Ele justifica com duas razões: “Primeiro, as pessoas estão cansadas de ver o elevador quebrar. A modernização diminui em 80% as paralisações da máquina. E segundo, o equipamento tem um custo benefício. Há uma grande economia para o condomínio.” O presidente do Seciesp (Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo), Fábio Aranha, explica que, geralmente, na modernização troca-se o quadro de comando para um eletrônico, as botoeiras passam para digitais, a fiação é substituída e ainda se pode instalar um aparelho de ‘variação de freqüência’. “Esse dispositivo proporciona uma partida e chegada suave ao andar, além de deixar o nivelamento mais preciso”, garante.

Mas os síndicos devem ficar atentos ao processo da obra de modernização. Daniel Fontes alerta: “Algumas empresas dizem que vão modernizar elevadores, mas não trocam a fiação e trincos, que é um sistema de segurança das portas. Elas mudam somente a parte estética e acabam ‘maquiando’ o local.” Fábio Aranha, presidente do Seciesp, afirma que uma alternativa é utilizar a figura do consultor. “É uma pessoa independente, que vai comparar propostas e fazer um acompanhamento da empresa escolhida”, finaliza.


Matéria publicada na edição 129 out/08 da Revista Direcional Condomínios

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