Elevadores Manutenção – Onde se esconde o perigo

Tão importante quanto ter um elevador no condomínio é mantê-lo sempre em funcionamento – e com segurança. “Os elevadores precisam de toda a atenção porque são equipamentos que transportam vidas humanas”, afirma o segundo vice-presidente do Seciesp (Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo), João Jair de Lima.

É obrigatório, por lei, que o condomínio faça a manutenção mensalmente com profissionais especializados. O diretor do Contru (Departamento de Controle de Uso de Imóveis), Vagner Pasotti, destaca a importância de um serviço regulamentado: “A empresa deve ter a concessão de registro atualizada para realizar os serviços de conservação e manutenção dos elevadores.” Na capital paulista, o síndico pode se certificar solicitando da empresa o RIA (Relatório de Inspeção Anual). “A prestadora de serviços é obrigada a emitir, a cada ano, o RIA on-line e fornecer uma cópia desse relatório ao condomínio, que deve ser afixada no quadro de avisos”, informa.

Segundo Pasotti, o tempo de uso dos equipamentos e a falta de manutenção podem provocar diversos tipos de problemas. “As portas de pavimento e cabine podem abrir com o elevador em movimento, as botoeiras internas e externas podem não funcionar, há o risco de a cabine parar em desnível com o pavimento ou entre andares, assim como os cabos de tração podem se romper”, cita. Para o diretor do Contru, é preciso fazer a manutenção para evitar, por exemplo, obras emergenciais, que trazem transtornos aos condôminos.

Já o segundo vice-presidente do Seciesp, João Jair de Lima, alerta para o risco da falta de cuidados nos elevadores de prédios antigos. “Esses equipamentos estão mais suscetíveis a acidentes, pois a maioria dos aparelhos não está dentro das normas da ABNT. É preciso, além de trazer tecnologia para o edifício, adaptar-se às novas regulamentações”, ressalta. “Os acidentes acontecem por três motivos: fatalidade, negligência do condomínio e a idéia ainda de se ‘auto-medicar’, ou seja, resolver os problemas por conta própria. Mas, se acontecer alguma falha ou acidente, o síndico é co-responsável”, aponta. 

Por isso, quando se fala em manutenção de elevadores não adianta pensar em economia. A recomendação é optar pela qualidade do serviço. “Muitas vezes, os síndicos analisam somente o preço e contratam a empresa com o preço mais baixo. Essa empresa, muitas vezes, não faz todos os reparos necessários”, explica Lima. E recomenda: “Deve-se contratar um consultor técnico, que vai avaliar a necessidade no prédio e toda a documentação da empresa para que o condomínio tenha garantias da idoneidade e de um bom serviço.”


Matéria publicada na edição 130 nov/08 da Revista Direcional Condomínios

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