A segurança pessoal e patrimonial nos condomínios representa um desafio permanente e que exige observação, treinamento e inovações. Uma das novidades mais recentes no mercado de segurança condominial são os sistemas de segurança colaborativa, que propõem o compartilhamento de imagens de câmeras específicas de segurança entre condomínios vizinhos ou de uma região, para auxiliar no combate à violência, sobretudo roubos e furtos nas portas e arredores.
Com essa solução, condomínios próximos podem unir forças e dados para criar uma rede de segurança compartilhada com as imagens de suas câmeras integradas em uma plataforma única online, fornecida por empresas especializadas e acessada exclusivamente por pessoas autorizadas.
Com isso, é possível ampliar a área de monitoramento, estabelecer uma vigilância mais completa e eficiente e contar com um grande volume de imagens que podem viabilizar a identificação e o rastreamento dos criminosos que atuam na região. Por consequência, todo esse aparato facilita as prisões e inibe novos crimes. Além disso, fortalece os laços entre os condomínios e os moradores em torno de uma cultura de segurança.
Na cidade de São Paulo, o potencial dessa estratégia é vasto e o mercado de câmeras de monitoramento instaladas nos “postinhos” tem crescido aceleradamente nos últimos anos e os postes de vigilância já dominam a paisagem da cidade, oferecendo um amplo campo de visão para combater a criminalidade, infelizmente também crescente.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP), por exemplo, já percebeu os benefícios dessa abordagem e negocia com as empresas o compartilhamento, em tempo real, das imagens captadas por mais de 20 mil equipamentos privados, que filmam a movimentação das pessoas e de veículos em ruas e calçadas da capital, para incorporá-las ao sistema de reconhecimento facial que está sendo desenvolvido para prevenir crimes, rastreando possíveis criminosos em meio à população.
Por outro lado, é fundamental ressaltar que o compartilhamento deve ser feito de acordo com a legislação e as requisições das autoridades, e as imagens não podem ser usadas para fins que não sejam a segurança do condomínio.
Por isso, o sistema colaborativo deve ser implantado a partir de um planejamento específico e operado por empresas experimentadas e bem estruturadas, além do apoio de treinamento para os envolvidos.
O Sistema de Segurança Colaborativa é uma ferramenta promissora para incrementar a segurança dos condomínios através da tecnologia e da colaboração, criando tanto um ambiente interno mais protegido, quanto ruas e bairros monitorados e mais seguros, o que se reverte em maior movimento comercial, maior uso dos equipamentos urbanos e até recuperação de áreas mais degradadas ou consideradas perigosas.