Conservação de bombas

Em condomínios encontramos vários tipos de bombas, tais como: bombas de recalque, responsáveis por conduzir a água até os reservatórios superiores do prédio; bombas submersas, que são equipamentos localizados dentro das caixas coletoras dos subsolos, cuja função é remover os fluidos oriundos do lençol freático, água de chuva ou da lavagem da superfície; bomba de piscina, que é responsável pela circulação de água dentro das piscinas e da filtragem da água; bombas de pressão, que são utilizadas normalmente na parte superior do edifício, para atender aos últimos andares, onde a pressão é insuficiente para acionar os pontos de consumo das unidades. Temos também a bomba de incêndio, que é responsável pelo bombeamento da água de reserva de incêndio para o ponto de utilização.

Bombas pedem atenção por parte do gestor e pessoas designadas por ele nos condomínios. Se for necessário substituir alguma peça, é importante que essa troca seja feita por outra da mesma marca a fim de não comprometer o desempenho do equipamento. E como todas as bombas são alimentadas por energia elétrica, necessitam da proteção de um sistema antissurto, que previne a queima de motores. Já as bombas de recalque pedem um cuidado adicional, que é a alternância de trabalho entre os dois equipamentos, medida que ajuda a evitar uma crise de abastecimento de água no prédio.

Quanto à manutenção, é preciso reconhecer que o manuseio de uma bomba para outra difere, e a tarefa precisa ser executada de forma a evitar contaminações, especialmente pelos diferentes fluidos usados nos equipamentos. Outro ponto importante é que as bombas submersas não sejam apoiadas no fundo do reservatório nem fiquem penduradas pelo cabo de energia para não desconectarem do motor que as sustentam. Também é imprescindível certificar-se de que as bombas se alimentam por um gerador, caso o condomínio possuir tal dispositivo.

Síndico profissional há 30 anos, Nilton Savieto orienta que fora a manutenção das bombas, o condomínio faça uma verificação dos quadros elétricos a cada 15 dias, afinal, os equipamentos precisam de energia para funcionar.
Foto Almir Almeida

Quando a manutenção mensal das bombas fica a cargo de uma boa empresa especializada – e em São Paulo temos uma gama de boas empresas – a tendência é que durem no mínimo 20 anos. Mesmo com durabilidade longa, chega um determinado momento em que a bomba fica obsoleta e não encontramos mais peças de reparo no mercado. Portanto, se o preço do conserto for equivalente a cerca de 40% do valor de uma bomba nova, está na hora de substituir o equipamento por uma versão mais moderna.

Sem dúvida, o que colabora com a performance duradoura desses equipamentos é recorrer às manutenções periódicas realizadas por uma empresa capacitada, como já mencionado, e não descuidar da manutenção preventiva, feita pela equipe do condomínio. É fundamental que o zelador verifique diariamente o sistema de bombas, observando se há ruído ou alguma situação diferente do normal, e também que providencie a limpeza semanal dos equipamentos. É preciso muita atenção às bombas que ficam submersas, como as de recalque, por exemplo, pois são as que tendem a dar mais problemas. Onde houver bomba de espera, é preciso inverter o uso a cada 15 dias. Sobre a bomba de incêndio, deve ser acionada quinzenalmente para verificação de seu funcionamento.

Como bombas funcionam com eletricidade, a cada 15 dias deve-se providenciar a verificação dos quadros elétricos. Aliás, recomendo uma revisão elétrica geral em condomínios, periodicamente, para que não sejamos surpreendidos com falhas. E mais: os locais em que estão localizadas as bombas têm de estar limpos e livres, não podem abrigar produtos, quer seja no subsolo quer seja na parte superior do edifício, para evitar eventuais danos aos equipamentos.

“A manutenção preventiva em bombas d’água é essencial para garanir o funcionamento eficiente e prolongar a vida útil do equipamento; ajuda a evitar falhas inesperadas e custos elevados”

Toninha dos Santos, diretora, Mérito Comercial

“A escolha correta de uma bomba para o condomínio evita problemas operacionais, reduz custos e aumenta a eficiência do sistema”

Toninha dos Santos, diretora, Mérito Comercial

Matéria publicada na edição-307-jan/25 da Revista Direcional Condomínios

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