Se há algo com poder de perturbar a paz do síndico orgânico e “derrubar” o síndico profissional, é a longa paralisação de um elevador à espera de conserto. Sem o equipamento disponível, a dinâmica do prédio muda totalmente, gerando queixas e reclamações.
Para síndicos, a situação se agrava com a falta de comunicação e o risco de quebra por sobrecarga. O síndico profissional deve se antecipar a esse cenário caótico.
Falha na Manutenção: Quando é Necessário Trocar a Empresa?
A síndica profissional Roberta Zampol enfrentou problemas críticos no Condomínio Amaralina (Santo André), um prédio com população idosa e apenas dois elevadores.
Sinais de Alerta para a Troca de Prestadora de Serviço
Após 30 anos com o mesmo fornecedor, a síndica percebeu que os equipamentos modernizados começaram a apresentar problemas frequentes. O principal sinal de alerta foi a falha de comunicação:
- Falta de Retorno: Nenhuma resposta a solicitações de troca de peças.
- Ignorância da Gestão: E-mails para supervisão e gerência eram ignorados.
- Resgate Demorado: Tempo de socorro lento, um risco inaceitável para a população idosa do prédio.
Benefícios de Contratar uma Multimarcas Especializada
Após a resistência inicial do conselho, o condomínio contratou uma consultoria independente que detectou falhas (como problemas no freio) e permitiu a troca da empresa. A nova prestadora de serviços (especialista em transportes verticais multimarcas) trouxe:
- Atendimento Ágil: Prontidão no atendimento de chamados e resgate.
- Logística Eficiente: Possui um almoxarifado com muitas peças e utiliza motos para atendimento rápido.
- Mais Segurança: O resgate rápido diminuiu o risco para os moradores, especialmente os idosos.
Modernização de Elevadores: Quando é o Momento Certo para o Investimento?
O síndico profissional Ricardo Montu acompanha a primeira modernização de elevadores em um condomínio no Tatuapé (SP), construído em 1996, que atende 104 unidades em 26 andares.
Como Justificar o Alto Custo da Modernização
Apesar de o condomínio ser bem conservado, a modernização (que envolve um alto custo) só foi aprovada quando as paradas se tornaram constantes.
Os principais argumentos para aprovação do investimento foram:
- Conforto e Confiança: Redução drástica dos chamados de assistência técnica.
- Valorização Condominial: A modernização é essencial para um empreendimento de quase 30 anos.
- Peças Fora de Linha: A fabricante já precisava produzir peças sob encomenda, o que gerava esperas de até 30 dias e inviabilizava a manutenção.
- Risco de Sobrecarrega: A sobrecarga no elevador único em funcionamento levava à sua quebra frequente.
Tipos de Atualização Envolvidas na Modernização
Para aprovar a modernização, Ricardo realizou cotações com a fabricante e concorrentes. O trabalho, focado em estética e performance, envolve:
- Atualizações Técnicas: Atualizações mecânicas, elétricas e tecnológicas.
- Estética: Retrofit da cabina e substituição das botoeiras externas.
- Segurança: Troca das portas do térreo e da garagem por modelos em inox.
“Ao escolher uma empresa de manutenção de elevadores, o síndico deve avaliar, entre outros fatores, se ela conta com estrutura operacional adequada, se possui equipe técnica e logística bem planejada, se tem engenheiros mecânicos e elétricos registrados e se está isenta de débitos fiscais e tributários.”
(Leandro Ferreira, diretor comercial, Grupo OrionLift Elevadores)
“Quando tomamos a decisão técnica de modernizar um elevador, além de otimizar e facilitar a vida das pessoas, o condomínio agrega valor financeiro às unidades no momento da venda do imóvel.”
(Leandro Ferreira, diretor comercial, Grupo OrionLift Elevadores)
“Modernizar um elevador traz vantagens em termos de segurança, desempenho e economia. Componentes modernos reduzem os riscos de falhas, adequam o equipamento às normas vigentes, melhoram a precisão de parada no andar e tornam os equipamentos mais confiáveis, exigindo menos manutenção corretiva.”
(Rogério Meneguello, diretor, Primac Elevadores)
“Antes de contratar uma empresa de manutenção, solicite orçamentos de empresas certificadas pelos órgãos competentes e que tenham boa reputação. Assine um contrato com cláusulas claras, especificando a periodicidade, os valores e as responsabilidades. Atente-se à cláusula de cancelamento e desconfie de valores muito baixos.”
(Rogério Meneguello, diretor, Primac Elevadores)
Matéria publicada na edição 315 set/25 da Revista Direcional Condomínios
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