Segurança em condomínios: temer ou treinar, eis a questão!

Neste ano pudemos acompanhar no Brasil um dos maiores shows do planeta, a Copa FIFA 2014. O evento esteve presente em várias cidades do País, movimentando um dos maiores patrimônios em encontros internacionais desta magnitude, que são os turistas, e em sua maioria representados pelos próprios brasileiros.

A segurança, de modo geral interna e externa, envolveu grande expectativa em torno dos jogos, transmitidos para mais de 1 bilhão de pessoas espalhadas pelo mundo. Muitos estavam temerosos pela imagem negativa de nossa segurança, mas o planejamento e a integração de interesses surpreenderam a todos e superaram as expectativas.

Importante lembrar que o ponto alto deste grande evento, do prisma de segurança, foi o controle de acesso eficaz de milhares de pessoas, as quais foram orientadas com base em normas e procedimentos claros, praticados por pessoas treinadas com poucas e boas regras de conduta, para se alcançar os objetivos primários.

Nos condomínios

Nossos condomínios – aos quais chamo de “comunidade quadrada” – têm seus medos aumentados por muitas veiculações negativas através da mídia quanto à insegurança que se apresenta do lado de fora dos muros dos empreendimentos, das residências, cidades, resorts, além de conglomerados comerciais e empresarias.

E agora se percebe uma linha tênue separando estes dois mundos. Temer ou Treinar, eis a questão!  O tema deve ser discutido exaustivamente pela sociedade, num debate que sempre aponte soluções com a participação e comprometimento de todos. Pois a segurança que tanto almejamos começa em cada um de nós, sendo assim, quanto mais quantificarmos de informações claras os agentes de segurança dos condomínios sobre normas e procedimentos de acesso, entre outros, mais estaremos esvaziando nosso medo com tudo e todos.

Em segurança, os princípios básicos devem ser respeitados e praticados assim como a visão periférica, que é estar atento ao nosso entorno, pois os sentidos de visão e audição por extinto costumam transmitir em milésimos de segundos esta informação ao cérebro, que assim toma uma decisão rápida. E um cérebro treinado comandará procedimentos claros de defesa e resguardo. Já um cérebro despreparado e medroso aumentará o nível do sinistro.

Quando falamos em boas práticas, todo acesso principal nos condomínios deve ter um controlador humano, mecânico ou eletrônico, pois perceber e receber são palavras mágicas em segurança.  O homem controlador de acesso tem o poder, tem as normas e o regimento interno a seu favor, para aplicá-los sempre de forma dura com ternura, utilizando-se de perguntas fechadas em relação ao objetivo de um visitante e do endereçamento desejado, para que, no desenrolar do atendimento, não precise interpretar e complementar nenhuma informação.

Ensinamentos da Copa 2014

Como na segurança para a Copa FIFA, os condôminos devem estabelecer, através dos seus representantes, normas claras, escritas e de domínio público, para nunca ter colocado em dúvida o primeiro passo de segurança nos prédios, que é o acesso.

Podemos garantir que existe abertura por parte dos profissionais dos condomínios em prol do treinamento, pois é sabido hoje que, em caso de invasão anunciada, os primeiros a sofrerem violência serão os controladores de acesso. Assim, eles estão abertos a todas as informações que facilitem sua segurança pessoal.

Mas questionar o modelo do treinamento para os funcionários não é a questão primordial, e, sim, praticar exaustivamente alguns princípios básicos de segurança instintiva, como: Antever, Perceber e Receber. Desta maneira, todos que se sentem percebidos no ambiente naturalmente se desarmam de qualquer intenção negativa, pois sabem que entraram numa área segura. Portanto, perceba mais o que está a sua volta, assim e estará multiplicando uma área de segurança e colaborando com todos.

Segurança é perceber redondo, rondar quadrado e recepcionar triângulo.

São Paulo, 31 de julho de 2014

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