Residenciais adotam medidas para economizar água

Há alguns anos, a falta de água parecia ser uma ameaça distante para metrópoles como São Paulo ou mesmo menores, como Sorocaba e a vizinha Itu; mas o que se vê nos dias atuais é que as previsões de estudiosos estavam certas. Todos os dias as notícias de falta de água assombram os moradores. As represas que abastecem o Estado estão secando e, como resultado disso, bairros e municípios têm sentido na pele esta escassez. Por isso, alguns condomínios têm tomado providências e a palavra de ordem, mesmo com a volta das chuvas, agora é: economizar. A ideia é pensar não somente no presente, mas também no futuro do abastecimento de água.

Desta forma, é necessária a conscientização de moradores e prestadores de serviços, pois é um problema que atinge a todos. Um exemplo é o que acontece no condomínio Garden Village, localizado na Zona Norte de São Paulo, medidas drásticas foram tomadas para economizar a água. “Orientei todos os funcionários da limpeza a usarem o mínimo possível de água, a garagem não está mais sendo lavada, nem a área social, estão apenas varrendo para tirar o grosso. Nosso jardim não está mais sendo regado, ele é muito grande, não tem como, com isso algumas plantas estão morrendo, mas fazer o que, tem que economizar”, conta a síndica do condomínio, Elaine Fátima Zanquetta.

Os profissionais de limpeza da GS Terceirização, que presta serviço em condomínios verticais e horizontais de todos os tamanhos, também têm sido instruídos a economizar água de todas as formas possíveis, onde a água puder ser substituída, ela deve ser. “Em razão da grave crise da água, desenvolvemos em cada cliente um plano emergencial de trabalho que visa o uso mínimo essencial da água, e que tem contribuído para a conscientização de nossos funcionários e para que seja contínuo quando da normalização”, explica o Diretor Operacional da GS Terceirização, Jorge Margueiro.

Quem mais tem contato com a água são os funcionários, portanto, durante este período de seca, é de suma importância que eles sejam instruídos. “Ao invés de lavar a área externa e a calçada da empresa, eu só varro. Dentro, eu uso aspirador de pó e pano úmido, ao invés de usar mangueira, uso balde, e depois reaproveito a água do balde para dar descarga no vaso sanitário”, conta a auxiliar de limpeza da GS Terceirização, Sandra Batista.

Nas residências dos condomínios, por exemplo, pode-se economizar água com alguns procedimentos básicos, como coletar a água que sai do chuveiro antes de aquecida em um balde e depois utilizá-la no vaso sanitário ou para lavar as sacadas. Pode também colocar uma garrafa de 600 ml cheia de água dentro da caixa acoplada para economizar água nas descargas. Em prédios, as caixas d”água acopladas são os maiores vilões da economia. “Estamos pensando em trocar o mecanismo das caixas acopladas e colocar dois botões e duas válvulas, um aciona a quantidade certa de água para líquido e outra para sólidos, assim a caixa só vai liberar o suficiente para cada um”, explica Elaine.

Os condomínios também podem adotar alguma medida de captação de água da chuva ou reaproveitamento da água já utilizada. “O condomínio já possui um reservatório que capta a água da chuva, no entanto é preciso fazer uma análise desta água, do ponto de vista bacteriológico, para verificar a possibilidade de utilização desta água. Depois é só providenciar uma bomba para bombear a água e utilizá-la para lavar e regar as áreas comuns” explica Hugo Ribeiro, síndico do Condomínio Tribeca, que fica na Zona Oeste de São Paulo.

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