Modernização prolonga a vida útil do elevador, torna o equipamento mais seguro e arrojado e, ainda, agrega valor à edificação.
Elevador pode ser atualizado na parte técnica e na parte estética
A hora e a vez de modernizar um elevador costuma ser acompanhada de dúvidas. Será mesmo o momento? Para saber a resposta é preciso estar atento às pistas que o próprio equipamento fornece, como orienta Marcelo Braga, presidente do Seciesp (Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo) e da ABEEL (Associação Brasileira das Empresas de Elevadores). Entre os principais sinais estão: aumento da frequência de manutenção, com substituição ou reparos de peças; aumento de barulhos; aumento nas interrupções de serviço e aumento no consumo de energia.
De acordo com Marcelo, a modernização de elevadores é muito bem vista porque permite prolongar a vida útil, além de garantir mais segurança, conforto e comodidade para os condôminos. Se a saúde financeira do condomínio permitir, o procedimento poderá ser mais completo. Se não, poderá ser focado na operacionalidade e segurança por meio da modernização técnica. Esta compreende troca do quadro de comando, instalações elétricas fixas, do seletor, dos cabos de manobra, da caixa de inspeção, chave PAP, entre outros itens. “Além de trazer mais segurança aos usuários, a modernização técnica traz economia de até 60% para o condomínio, considerando a energia economizada e a economia da manutenção”, afirma.
Havendo verba, pode ser a ocasião perfeita para dar um upgrade no visual do elevador por meio da modernização estética, lembrando que, aliada ao bom desempenho do equipamento, uma aparência agradável e renovada conta pontos a favor de vendas e locações das unidades condominiais. Na modernização estética são repaginados elementos como teto, piso, portas, botoeiras e IPD Digital, sigla para indicador de posição digital.
Existe também a modernização tecnológica, quando são instalados sistemas inteligentes – os mais novos são o regenerativo e o de resgate automático. “No sistema regenerativo, em vez de haver desperdício de energia do motor na forma de calor, pode-se reutilizá-la para alimentar a rede elétrica interna do condomínio”, explica Marcelo. Já o sistema de resgate automático permite que, em caso de falta de energia, o elevador seja transportado até o andar mais próximo e suas portas sejam abertas para liberação dos passageiros.
Melhoria visual e operacional
No Edifício Parque dos Rouxinóis, em Indianópolis, zona sul de São Paulo, quatro elevadores passaram por modernização técnica e estética, iniciada em dezembro de 2021 e finalizada em junho último. “Se fizéssemos apenas a técnica, continuaríamos convivendo com o interior feio e antigo das cabinas”, comenta o síndico orgânico Cláudio Moraes Alves.
No condomínio de 44 anos, com duas torres, 18 andares, 72 unidades e dois elevadores cada, não há mais separação entre o social e de serviço. Foram uniformizados. “Quem chama o elevador é atendido por aquele que estiver mais perto; acabou a história de chamarem dois ao mesmo tempo para usar o que chegasse primeiro. Isso só aumentava o gasto de energia”, diz Cláudio.
Os motores e as estruturas das cabinas são originais de fábrica, mas o restante foi todo modificado. As cabinas tinham iluminação mais fraca, piso escuro e paredes com fórmica. Na versão atual, trazem revestimento de aço escovado, boa iluminação com lâmpadas de LED, piso marmóreo, painel e sistema digital de voz. “O elevador até nos cumprimenta, além de estar muito bonito. A reação dos moradores foi bastante satisfatória. Mas o que chama a atenção de todos é a ausência de solavancos porque agora o controle não é mais mecânico”, relata.
O síndico usou de resiliência na última década, quando assumiu a gestão e se viu sem caixa para modernizar os elevadores, que há anos davam problemas. Fez só o necessário para manter a segurança, trocando cabos, polias e roldanas de todos os equipamentos. Com o crescente de consertos e reposição de peças (muitas já difíceis de encontrar) a modernização se tornou a única opção. “O investimento é alto, mas não adianta ficar adiando. A saída é se preparar financeiramente para esse gasto, fazer uma economia para amenizar o impacto sobre o morador e seguir em frente”, recomenda o síndico.
Matéria publicada na edição – 281 – ago/2022 da Revista Direcional Condomínios
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