A missão de ocupar bem e preservar os espaços de recreação no condomínio

Os espaços de recreação infanto-juvenil no condomínio ganham sofisticação e importância entre as áreas comuns conforme novos empreendimentos são entregues pelas construtoras.

síndico profissional Demilson Guillhem

O síndico profissional Demilson Guillhem em playground de um dos condomínios mais recentes de megaempreendimento em Osasco; espaço apresenta dois ambientes, separando as crianças maiores das menores

Aos mais antigos resta, então, a necessidade de implantá-los, notadamente a brinquedoteca, surgida nos últimos quinze a vinte anos, e/ou modernizá-los (playgrounds e até mesmo as brinquedotecas iniciais). Nesse sentido, coloca-se para o síndico o desafio de estimular a ocupação desses ambientes, além de fazer a manutenção regular e renovar seu conceito e equipamentos ao longo do tempo.

Essa é a análise do síndico profissional Demilson Bellezi Guilhem, engenheiro civil egresso de cargos executivos do mundo corporativo, e que administra hoje sete condomínios, entre eles, um com cerca de duas mil unidades em Guarulhos e outro com 1.700 apartamentos em Osasco, cidades da Região Metropolitana de São Paulo.

No Jardins do Brasil, em Osasco, Demilson atua como síndico geral do empreendimento, o qual comporta quatro subcondomínios, uma torre comercial e um novo residencial em construção. Neste megaempreendimento, conforme os prédios foram entregues, os espaços destinados ao lazer e recreação dos moradores se sofisticaram. No mais recente deles, o condomínio Atlântica, com 386 unidades, o playground apresenta dois ambientes, segmentados por idade, a brinquedoteca é ampla e diferenciada, existe um espaço teen com videogames e mesas de jogos, bem como um lounge para jovens. O salão de jogos adulto é separado.

Demilson começou a atuar como síndico orgânico há sete anos em um condomínio na Lapa, região Oeste de São Paulo, onde mora. O empreendimento de duas torres possui quase dez anos e já investiu no upgrade do playground originalmente entregue pela construtora. “Este possuía apenas equipamentos de madeira, o incrementamos com novos brinquedos em plástico rotomoldado, mais modernos, e agora uma comissão de moradores está nos auxiliando no estudo para uma reforma mais ampla”, afirma.

Segundo ele, os pais precisam ser ouvidos não apenas na reconceituação desses espaços quanto sobre iniciativas que possam melhorar a ocupação. Demilson acredita que “o uso dos equipamentos de lazer e recreação deve ser incentivado com jogos e brincadeiras para que proporcionem o desenvolvimento saudável das crianças”, de preferência, com a contratação de profissionais da área.

Portanto, disso resultam três grandes desafios do síndico nesse quesito. O primeiro, é a ocupação, “onde a família tem papel importante”. O segundo está na conservação regular (desde a limpeza à inspeção dos itens de segurança) e na substituição periódica dos equipamentos para fins de modernização e/ou pelo fim da sua vida útil. E o terceiro é o provisionamento de verbas específicas para as áreas de recreação, destaca Demilson, reconhecendo que essa é a parte que exige mais empenho dos gestores, face à pressão atual pelo enxugamento dos custos.

PISOS – Intertravados ou moldados in loco sem emendas, os pisos com borracha reciclada chegaram com a marca da sustentabilidade e começam a dominar o cenário dos playgrounds nos condomínios. São valorizados ainda pelas propriedades antiderrapante e de amortecimento de impacto. Seguem exemplos:

playground

MAISON MONT BLANC – Nesta imagem, está o playground do condomínio localizado em Alphaville, na Região Metropolitana de São Paulo. O piso foi instalado em 2016 e “não necessita de muita manutenção”, afirma a gerente predial Denise Zucarone. Monolítico e homogêneo, apresenta duas camadas e foi instalado sobre uma superfície compactada de terra e pó de pedra.

playground

MOZAIK VILA SÔNIA – O emborrachado intertravado foi a escolha da construtora no condomínio implantado em 2015 na zona Oeste de São Paulo. Feito com grãos de borracha reciclada, tem as propriedades antiderrapante e de amortecimento de impacto.

Matéria publicada na edição – 250 – outubro/2019 da Revista Direcional Condomínios

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