Ambiente lúdico e setorizado

Foto Gustavo Otsuka
Foto Gustavo Otsuka
A criativa brinquedoteca privada das imagens pode inspirar a do condomínio, com sugestões como o jogo da memória com placas de laca coloridas em parede de madeira do mezanino

Experiente na arte de encantar o público infantil com projetos repletos de ludicidade, que exploram de elementos visuais e sensoriais às paredes, passando por móveis e decoração, a arquiteta Juliana Mancini, de São Paulo, dá sugestões para revitalizar a brinquedoteca do condomínio. Confira.

PROPOSTA: “O mais importante dentro das brinquedotecas é estimular a brincadeira através da imaginação. É fundamental setorizar o local de acordo com as atividades, deixar muito espaço livre e trazer brinquedos interativos. A brinquedoteca precisa contemplar várias faixas do público infantil. Brinquedos verticais, ou seja, que tiram a criança do chão são sempre uma sensação junto a crianças de diferentes idades.”

BRINQUEDOS: “Ambientes que geram experiências mais imersivas são atrativos. Dentro dessa proposta, o espaço pode dispor de kits de construção, blocos de montar, e materiais que incentivem o fazer manual. Com esses brinquedos estimulamos o pensamento criativo e colaborativo. Também existem os brinquedos maiores, com estruturas para escalar, labirintos e elementos de equilíbrio, que incentivam o movimento físico e a socialização. Já os brinquedos analógicos, como jogos de tabuleiro colaborativos e peças de montar, por exemplo, promovem o trabalho em equipe e o raciocínio lógico.”

“Líderes excepcionais não nascem prontos, eles se forjam através do aprendizado contínuo e da aplicação de técnicas eficazes. O sucesso é fruto do preparo.”
(Walter Kaltenbach, diretor, Mister Mind)

VIDEOGAME: “Televisão e videogame estão vetados. As crianças vivem constantemente estimuladas pelas telas. Vivemos em uma era de grande acesso à informação e estímulos, por isso espaços de brincar devem ser livres de telas.

LIVROS: “A leitura tem um papel fundamental na manutenção da imaginação. Ela permite que as crianças visualizem cenários, personagens e ambientes. E isso promove a criatividade, a capacidade de resolver problemas e a flexibilidade mental. Sugerimos um cantinho da leitura confortável, com pufes e almofadões.”

PISO: “Pisos frios como porcelanatos ou cerâmicas são menos indicados para o espaço infantil. No caso de já ter esse tipo de piso, sugerimos por cima dele usar EVA, borracha ou espuma de alta densidade. Pisos de madeira têm excelente desempenho térmico. Os playmats, tapetes vinílicos estampados, também são ótimas alternativas.”

PAREDES: “Podemos utilizar cores lúdicas e divertidas. O colorido é bem-vindo desde que haja harmonia. Indicamos tinta acrílica acetinada e/ou adesivos. Ambos são mais fáceis de manter e mais duráveis.”

MARCENARIA: “Sempre que possível, utilizar folha de madeira natural, pintura laqueada ou compensado aparente que possibilitam um melhor acabamento final para as mãos dos pequenos. As quinas das chapas de madeira devem ser levemente arredondas para prevenir machucados. O mobiliário solto deve ser adquirido com empresas que possuem certificados de segurança dos mesmos.”

NORMAS: “No Brasil existem algumas normas relacionadas à segurança dos brinquedos e à segurança na implantação de playgrounds. Essas normas visam garantir que esses brinquedos/equipamentos sejam seguros e adequados para a faixa etária recomendada. A principal norma no Brasil para brinquedos é a ABNT NBR NM 300, e, para playgrounds, a NBR 16.071. Ambas exigem testes rigorosos para garantir o menor risco possível às crianças.”

PRÓXIMA EDIÇÃO: GÁS

“O brincar vai além do lazer, pois é importante para o desenvolvimento da criança e os pais sabem disso. Vale a pena renovar playground e brinquedoteca. Espaços seguros, bonitos e interessantes para os pequenos contribuem com a valorização do patrimônio”.

(Anna Lena Tardi, gestora comercial, Instrutoy)

Matéria publicada na edição-305-out-24 da Revista Direcional Condomínios

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