Benefícios do uso do ar-condicionado no dia a dia e durante a pandemia da Covid-19

Qualidade do ar respirado, filtragem de poluentes do ar, conforto térmico, bem-estar e controle de doenças respiratórias são algumas das características benéficas do uso do ar-condicionado. Mas, de quem é a decisão se ele deve permanecer ligado ou desligado em ambientes comerciais?

Há muito tempo, o uso do ar-condicionado deixou de ser item de luxo por conta das suas aplicações e necessidades.  A utilização de sistemas de climatização proporciona às pessoas qualidade de vida, saúde e produtividade, além de, qualidade em processos industriais e comerciais.

Uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar diariamente, este é um dos motivos para que a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) recomende o uso do ar-condicionado, item necessário e saudável para uso da Sociedade durante a pandemia e, principalmente, nos próximos meses com a chegada da primavera e do verão. Mas, para que seja efetivo, estes equipamentos necessitam de alguns cuidados específicos para segurança dos usuários, seu correto funcionamento, vida útil do equipamento e eficiência energética.

Diversas informações equivocadas estão circulando nos meios de comunicação, redes sociais e WhatsApp, uma delas é que durante a pandemia o equipamento de ar-condicionado deve permanecer desligado. O que não está sendo levado em consideração neste caso, são os impactos que está ação implica nos ambientes, como a falta de renovação do ar, concentração de poluentes, falta de filtragem do ar externo e altas temperaturas, pois quando o ar-condicionado está desligado, o ar do ambiente fica parado, sem circulação, sem diluição dos contaminantes presentes, como por exemplo, o SARS-CoV-2, a concentração de CO2 que implica em baixa produtividade,  entre tantos fatores que podem impactar diretamente na saúde e produtividade das pessoas.

A recomendação de desligar o ar-condicionado e deixar apenas portas e janelas abertas, é equivocada pois, não garante a qualidade do ar a ser respirado em um ambiente. Esta ação faz parte de um dos processos para uma possível renovação do ar, mas que dependendo de características como espaço físico, quantidade de pessoas no ambiente e sua localização não tem eficácia comprovada. É, neste tipo de situação que o uso de sistemas de climatização artificial tem sua aplicação recomendada, pois a maioria dos equipamentos possuem funções de circulação do ar, frio ou quente, que podem ser utilizados de acordo com a necessidade do ambiente em benefícios aos seus usuários.

Pontos a serem observados quando da opção do uso de sistemas de ares-condicionados

A Abrava acredita que o uso do ar-condicionado durante a pandemia tem muito mais a contribuir com à Sociedade permanecendo ligado, do que desligado.

Mas, de quem é a responsabilidade desta decisão de usar ou não o ar-condicionado em ambientes comerciais e industriais?

Vale neste contexto uma reflexão, partindo do princípio que um ser humano respira cerca de 10 mil litros de ar diariamente, existe uma questão a ser considerada, não é cultural que as pessoas se preocupem com a qualidade do ar que estão respirando, mantendo-se na maioria das vezes atentas apenas ao conforto térmico que o equipamento proporciona. E, é por este motivo que a ABRAVA chama atenção para uma outra preocupação, pois, diferente da água que para ser consumida precisa estar inodora e insípida, o uso do ar-condicionado não apresenta normalmente características de que não está em condição de uso, situação muitas vezes comprovadas, estando os equipamentos sem manutenção periódica e adequada, realidade que leva pessoas a respirarem ar de má qualidade.

Mas, então o que deve ser levado em consideração para o uso correto do ar-condicionado?

Além dos seus benefícios, a garantia de estar em funcionamento dentro das recomendações e leis existentes, como, por exemplo: o dever de todo o sistema de ar-condicionado apresentar renovação de ar no ambiente como consta na ABNT NBR 16401-3:2008 (Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 3: Qualidade do ar interior); a Lei 13.589/2018 do PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle), que obriga todos os ambientes com mais de 60 bthus tenham acompanhamento controlado do ponto de vista de cuidados necessários; a RE 09 da Anvisa; entre outras.

Projeto correto, instalação de acordo com as boas práticas da engenharia, manutenção periódica, preditiva e preventiva são algumas das ações que precisam ser acompanhadas durante o período de funcionamento dos equipamentos. A contratação de profissionais habilitados para a realização destes tipos de serviços é recomendada para prevenção de futuros problemas com a sua aplicabilidade e seu bom uso.

Preocupada com a correta disseminação de informações e esclarecimentos de dúvidas a respeito do novo Coronavírus, a Associação colocou no ar o Canal Abrava Covid-19, que pode ser conferido no endereço eletrônico: https://abrava.com.br/normalizacoes/canal-abrava-covid-19/. Elaborou, ainda, protocolos de uso, que podem ser consultados em https://abrava.com.br/abrava-protocolos-para-uso-dos-equipamentos-e-sistemas-de-ar-condicionado-no-pos-quarentena-pos-quarentena/. Por fim, desenvolveu recomendações técnicas a respeito do uso de equipamentos em https://abrava.com.br/normalizacoes/renabravas/.

A Abrava se mantém alerta aos assuntos relacionados ao uso do ar-condicionado, não só na pandemia, mas no dia a dia da sociedade. Acompanhe as notícias da Associação nas redes sociais e site da entidade.

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