Blindagem e reforço na infraestrutura das guaritas dificultam arrastões

Os constantes ataques a condomínios podem ser minimizados com investimento e organização, iniciando-se pela adequação das guaritas aos riscos cada vez maiores de arrastões. Isso significa, entre outros, adequá-las com modernos recursos eletrônicos; proteger os porteiros com a chamada clausura dos acessos de pedestres e veículos; dotá-las de ar-condicionado e até mesmo gerador próprio; e providenciar a blindagem de toda a sua estrutura.

Para o consultor de segurança Marcos Moreno, a blindagem das guaritas é tendência entre os condomínios. Mas ele alerta que “o projeto deve estar baseado na tabela balística normatizada pela ABNT, a NBR 15.000/2005”. Moreno acrescenta que se o espaço estiver bem reforçado contra os ataques, o porteiro ou vigilante “terá condições operacionais de sinalizar uma invasão, possibilitando o acionamento dos meios de apoio, como a central de segurança ou a polícia”.

O especialista destaca outras tendências tecnológicas que favorecem o trabalho do porteiro, como o monitoramento remoto das ações da guarita; a gravação das imagens por uma central de segurança externa ao condomínio; impedimento de seu contato físico direto com qualquer pessoa que esteja fora da guarita; e a comunicação via rádio com toda equipe de serviços, incluindo a supervisão operacional. Entretanto, Moreno destaca a necessidade de treinamento específico do funcionário, orientando-o e corrigindo-se eventuais deficiências em seu trabalho.

Ainda de acordo com o consultor, outra forma de aperfeiçoar os serviços está em uma tecnologia nomeada “alerta vigia”, sistema que impede o operador de dormir em serviço durante seu turno, pois ele precisa, periodicamente, acionar um botão programado para disparar caso o procedimento não seja realizado. Isso, na verdade, pode ser feito, segundo Moreno, através de diferentes aparatos, como “o contato via rádio com a base operacional, a aproximação de um cartão em um leitor, uma volta de chave, um bastão, o acionamento de uma botoeira, entre outros. O indispensável é que o sistema seja monitorado, caso contrário não terá eficiência”, diz.

Oswaldo Oggiam, diretor de marketing da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) também acredita que barreiras físicas e eletrônicas tornaram-se fundamentais aos condomínios. Além da blindagem, ele defende a adoção de circuito de CFTV de alta resolução, de alarme e botão de pânico, entre outros.

(Reportagem Rafael Lima)

Matéria publicada na edição – 183 de set/2013 da Revista Direcional Condomínios

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