Na última semana pelo menos três brigas de condomínio, envolvendo moradores e síndicos, viraram casos de polícia na Grande Vitória. De acordo com o vice-presidente do Sindicato Patronal de Condomínios Residenciais, Comerciais, Mistos e Empresas de Administração de Condomínios no Estado do Espírito Santo (SIPCES), Gedaias Freire da Costa, desentendimentos são comuns.
Segundo ele, as ocorrências na maioria das vezes envolvem condôminos que não concordam com algumas determinações. No entanto, para Gedaias, os casos mais graves como os de agressão física são raros.
“As brigas que terminam em agressão física acontecem, mas são raras e geralmente por motivos variados”, informou Gedaias. Nesses casos, o SIPCES orienta que as vítimas sempre registrem as ocorrências. “A vítima deve adotar todas as medidas legais para se resguardar”, orientou o vice-presidente.
A gerente de uma administradora de condomínios, Juliana Monteiro Mendes, também concorda que os casos de brigas violentas não são comuns. Mas que em dois condomínios que administra houve agressão por parte de moradores aos síndicos.
“Em um dos casos o síndico foi agredido por um ex-morador que não era proprietário do apartamento. Esse ex-morador não gostou da solicitação que outros moradores fizeram para que ele deixasse o imóvel. O segundo caso também foi de uma síndica que foi agredida após uma moradora discordar de uma determinação do condomínio. Os dois casos foram registrados na polícia”, informou.
Na última quinta-feira (17), em Itapoã, Vila Velha, outro caso também foi registrado. A moradora Rita de Cássia Miranda, de 57 anos, alega ter sido agredida por outro morador após uma discussão durante uma reunião de condomínio.
De acordo com Rita, tudo começou após ela ter sugerido uma auditoria nas contas do condomínio. “Estávamos discutindo sobre uma obra e os recursos que temos para isso. Nesse momento, sugeri que uma auditoria fosse feita nas contas da antiga gestão, e o ex-síndico não gostou e me agrediu”, relatou a vítima.
O suspeito, que pediu para não ser identificado, disse que o caso aconteceu num momento de ânimos exaltados entre as pessoas que estavam na reunião. “Eu errei, vou responder por isso, mas minha ação foi com o intuito de me defender. Há algum tempo ela vinha fazendo acusações contra mim. Nunca recebi um pedido formal dela sobre as questões do condomínio.”
A ocorrência foi registrada e, segundo a Polícia Civil, o caso está sob investigação no 21ª Distrito de Polícia de Parque das Gaivotas.