A engenheira civil Ana Josefa Severino Pereira resolveu, há cerca de seis anos, encarar um novo desafio: tornou-se síndica do Condomínio Piazza Di Toscana, no Jardim Avelino, zona Leste de São Paulo, maneira que encontrou para ficar mais próxima dos filhos, então muito pequenos. E ao acompanhar o crescimento de Giovanni e Giulianna, hoje respectivamente com dez e sete anos, percebeu que era preciso mexer na área de recreação do edifício para atender melhor aos pequenos e aos maiores. “Tínhamos um único espaço, havia sempre conflito entre eles e somente uma mesa de pingue-pongue, que vivia quebrando e dando custo de manutenção”, lembra Ana Josefa, que resolveu repaginar o ambiente e uma área então aberta. “Criamos espaços diferenciados para cada faixa etária”, diz.
Atualmente, os condôminos do Piazza contam com uma brinquedoteca, destinada à recreação das crianças com até dez anos de idade; o espaço teen, para os adolescentes; e o salão de jogos propriamente dito, este para os jovens e adultos. A brinquedoteca possui um armário “tipo colméia”, onde são disponibilizados brinquedos educativos. Tem ainda equipamentos avulsos, como gangorra. O ambiente recebeu também um cantinho para estudos e leitura, com quatro conjuntos de mesas e cadeiras escolares, puffs coloridos e uma televisão. No espaço teen, inaugurado no ano passado, os adolescentes contam com TV de LCD com DVD, sofá, mesa para fazer a lição escolar e bancada para notebook. E no salão de jogos, além da tradicional sinuca, há mesa para jogar cartas, xadrez, mais o pebolim.
A especialista em brinquedos e jogos lúdicos, a professora de Pedagogia e Educação Física Vania Maria Cavallari, é uma grande defensora das brinquedotecas, destacando que “a criança brinca por natureza”. “O ser humano primeiro brinca, depois trabalha, portanto, a criança que brinca torna-se um adulto autônomo e produtivo”, afirma. Vania Maria recomenda que se organizem as brinquedotecas com “pequenos cantos” (com casinha, salão de beleza, instrumentos musicais, brinquedos de montar etc.), pois essa “diversidade de objetos aguça a imaginação das crianças”. As fantasias também chamam a atenção dos pequenos, acrescenta.
A especialista recomenda ainda, de preferência, que esses espaços ofereçam a orientação de um profissional habilitado. A orientação permite explorar todo o potencial dos brinquedos e objetos disponibilizados às crianças, destaca. No Piazza Di Toscana, os menores devem estar sempre acompanhados por um responsável ou adulto, mas as atividades monitoradas acontecem em geral no final das férias escolares, ministradas por uma profissional da área de recreação – mas sem custo para o condomínio, ressalva a síndica Ana Josefa.
Ana Josefa comanda hoje outro condomínio localizado na região, o Reserva Jardim Tarumã. Lá os condôminos também possuem os serviços de uma brinquedoteca, mas esta já foi entregue montada pela construtora do empreendimento, há pouco mais de um ano. O Reserva possui demais serviços de lazer e entretenimento, como lanhouse, salão de jogos para adultos, cine kids e garage band. “Os condomínios estão se equipando dessa forma para oferecer um pacote completo no próprio local de moradia”, comenta Ana Josefa. A síndica, porém, deixa uma dica valiosa aos seus colegas: impor horários e controle de uso desses espaços.
Matéria publicada na edição 154 fev/11 da Revista Direcional Condomínios
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