No projeto de ampliação para a academia e salão de festas do Condomínio Edifício Carla Paola, a arquiteta Priscila Jarrouge integrou os ambientes a uma área de pérgola lateral já existente, que passará a contar com cobertura de vidro.
Coberturas integram um rol de soluções para condomínios. Servem para ampliar espaços; resguardar veículos em estacionamento originalmente descoberto; proteger moradores e visitantes de intempéries no acesso ao empreendimento e trajeto às torres; e abrigar entregadores em ocasiões de chuva ou sol intensos. A versatilidade se aplica também ao tipo de cobertura: vidro, telhas termoacústicas e policarbonato. Este último, tem aparência similar ao vidro, alta resistência e proteção contra raios ultravioleta, e pode ser encontrado na versão lisa ou alveolar (com aparência de vidro canelado), porém predominam as chapas lisas. A escolha de materiais depende de vários fatores, como financeiro e a que se destina a cobertura.
Priscila Jarrouge, arquiteta com expertise no segmento condominial, esclarece que não existe uma regra no uso desses materiais. “Tudo depende do condomínio, do espaço, da finalidade e até mesmo da legalização, porque muitas vezes, acontece de o empreendimento já ter sido aprovado com o coeficiente máximo de ocupação do terreno, o que impossibilita, por exemplo, criar um fechamento definitivo com uma telha ou laje. Por isso, é necessário fazer um estudo de viabilidade legal antes de ampliar ou criar novo ambiente em condomínio. Porém, se a ideia é fazer uma cobertura de circulação ou apenas de interligação de espaços, onde não teremos aumento da área construída ou que não seja de uma área muito grande, o estudo pode ser dispensado”, orienta a profissional.
Entre as demandas condominiais que a arquiteta recebe, prevalece a necessidade de ampliação de espaço físico em áreas já cobertas ou ampliação de coberturas para salão de festas e academia. “Outra demanda é a integração da área do salão de festas com a área gourmet, o que normalmente fazemos com o complemento de uma nova cobertura. E, por último, mas não menos demandado, está a ampliação de coberturas de acesso para portaria e integração da mesma com os halls e áreas cobertas do condomínio”, diz Priscila, que complementa: “Em geral, em nossos projetos para condomínios, utilizamos o pergolado metálico com fechamento em vidro para ambientes de passagem, portarias ou pequenas ampliações. Aplicamos no vidro uma película para diminuir a incidência dos raios UV e redução do calor. Já as telhas termoacústicas são mais usadas em ambientes com fechamento lateral, onde colocaremos forro, e que estão sendo considerados como aumento de área coberta construída”.
No Ideal Brookin, uma das soluções de ampliação do projeto da Arq.Priscila Jarrouge prevê a aumentar a extensão da laje com uma cobertura de vidro, protegida com película cerâmica (na imagem, ver parte superior, à esquerda, em branco mais forte). Imagem Pri Jarrouge Arquitetura
Atualmente, Priscila está às voltas com projetos de reformas de áreas comuns em dois condomínios da zona sul paulistana, que incluem coberturas entre as soluções de ampliação. No Carla Paola, da década de 1980, serão abertos vãos nas paredes da academia e salão de festas para integrar esses ambientes a uma área de pérgola que existe no recuo lateral. O pergolado vai receber uma cobertura em vidro. E, no Ideal Brooklin, construído em 2013, uma das soluções prevê pequena ampliação da área de churrasqueira. Será criada uma cobertura com vidro e estrutura metálica, como extensão da área coberta. “O vidro proposto é transparente e com película cerâmica, que promove maior absorção do calor”, fala a arquiteta.
Quanto às estruturas para coberturas em condomínios, Priscila diz que podem ser executadas em aço com tratamento anticorrosivo, e pintadas conforme escolha do cliente. Sobre o alumínio, ela comenta que apesar do custo ser superior, é um material mais resistente à corrosão e que existe no mercado uma gama de cores e texturas, incluindo acabamento que imita madeira e aço corten. A madeira natural ainda é muito utilizada, porém demanda mais manutenção. “Todos os materiais têm seus pontos positivos e negativos. Aqui também não existe certo ou errado, e sim fatores determinantes para a escolha, como análise do ambiente, valor disponível para o investimento e estilo arquitetônico do condomínio”, finaliza Priscila.
“Coberturas de policarbonato ou vidro são cada vez mais utilizadas em condomínio. A procura por coberturas translúcidas é grande porque são esteticamente elegantes e, dempendendo do projeto, favorecem a iluminação natural.”
Umberto dos Santos, diretor, Compacta Coberturas
“A manutenção regular de coberturas de vidro e policarbonato é essencial para garantir a durabilidade, segurança e eficiência, além de prevenir danos causados por corrosão, vazamentos e exposição às interpéries”
Miguel Fábio da Silva, diretor, Canaã Coberturas
“Soluções em coberturasde policarbonato e vidro não apenas protegem os condôminos, mas também agregam valor e estilo ao condomínio. Só que para obter esse resultado, deve-se buscar uma empresa com know-how no segmento”
Dài Soáres, gerente comercial, Clariart Coberturas
Matéria publicada na edição-307-jan/25 da Revista Direcional Condomínios
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Jornalista apaixonada desde sempre por revistas, por gente, pelas boas histórias, e, nos últimos anos, seduzida pelo instigante universo condominial.