Maurício Jovino é síndico do Residencial Guignard, em Guaianazes. Em 2003, os porteiros começaram a reclamar que o sol incidia diretamente na guarita, o que incomodava os profissionais e danificava equipamentos. Jovino resolveu o problema de uma forma simples: instalou toldos de lona no local. “Além do conforto, o resultado ficou muito bonito. Também é útil em dias de chuva, porque as visitas não se molham”, conta.
Em vários modelos e cores, os toldos são feitos sob medida para o ambiente desejado. “O custo-benefício compensou, pois é um produto com grande durabilidade”, afirma Jovino. A Alpagartas, tradicional fabricante de tecidos acrílicos e lonas vinílicas para toldos, afirma que as garantias variam de dois a cinco anos, dependendo do produto. Segundo o fabricante, em condomínios geralmente predominam as lonas vinílicas, pelo menor custo e facilidade de manutenção. O produto mais utilizado costuma ser o Night&Day Poli Light, um material translúcido que não deixa passar os raios UV e flexível na instalação, com aparência similar ao policarbonato, e aplicado principalmente em passarelas de pedestres, entradas de prédios e coberturas de vagas de garagem. Qualquer que seja o material escolhido na fabricação do toldo, são importantes os cuidados com a manutenção. O toldo deve ser lavado em intervalos de duas a três semanas, utilizando água e sabão neutro. Recomenda-se não utilizar esponjas de aço ou solventes (tiner, acetona, etc.), o que causa a eliminação da proteção superficial e danos ao material.
Além dos toldos há outras opções de coberturas em condomínios, como as de policarbonato e de vidro laminado, em diversas cores. A arquiteta Silvia Regina de Carvalho considera que esse tipo de instalação valoriza o condomínio e deve combinar com o ambiente. Sobre os materiais, ela explica: “O policarbonato é um material resistente, semelhante ao plástico. Já a qualidade do vidro é maior, apesar do risco de quebrar.” Segundo ela, um material transparente é importante porque economiza energia. “Hoje, é fundamental essa preocupação em aproveitar a luz natural em um projeto de cobertura”, avalia.
Já a gerente comercial de uma loja especializada nesse segmento, Cristina de França, afirma que prédios de todos os padrões investem em coberturas. Os modelos podem ser retos, curvos ou semi-curvos. “A maior parte prefere coberturas em policarbonato porque têm custo mais baixo do que as de vidro e são esteticamente bonitas. Geralmente, os condomínios colocam em áreas de lazer como churrasqueira ou na passagem de pedestres”, lembra. De acordo com ela, os dois tipos de materiais contam com proteção contra os raios UVA e UVB.
A arquiteta Silvia Regina ressalta que um dos problemas comuns é a instalação inadequada. “A estrutura da cobertura deve ser forte, robusta e ‘se manter em pé’. A sustentação não é apenas um aglomerado de ferro, alumínio ou PVC”, sentencia. E critica: “Alguns síndicos fazem esse serviço com um serralheiro. No entanto, o procedimento correto é procurar empresas especializadas, que têm condições técnicas para isso.” Se a estrutura for de ferro, ela indica o galvanizado, para evitar ferrugem.
Matéria publicada na Edição 130 de novembro de 2008 da Revista Direcional Condomínios.