Coleta seletiva de lixo: São Paulo (Capital) cede contêineres aos condomínios

A Prefeitura de São Paulo inaugurou, nos últimos dois meses, duas usinas de triagem de material reciclado e ampliou de 67 para 75 os distritos que devem receber a visita semanal do serviço de coleta seletiva. A nova estrutura promete triplicar a capacidade de processamento do material reaproveitável, já que o programa oficial vinha esbarrando na impossibilidade de as cooperativas de catadores atenderem a todo volume gerado pelos domicílios.

Para os condomínios, a Prefeitura também abriu outra opção além do serviço regular da coleta seletiva: ampliou a cessão de contêineres. Esta é uma boa alternativa, relata a síndica Ângela Merici, de Perdizes, que possui quatro contêineres cedidos gratuitamente para armazenar o material reciclável. Este é retirado toda segunda-feira por um veículo da concessionária contratada pela Prefeitura, um serviço extra em relação à coleta seletiva regular.

Ângela promove há seis anos a separação de lixo e materiais em seu condomínio. Ela diz que usava três contêineres, mas que, neste ano, um deles quebrou. Ângela solicitou a troca e reforçou o pedido de um quarto recipiente, demanda atendida em uma semana. Os interessados devem entrar em contato com o programa Alô Limpeza, através do telefone 156. O site da Prefeitura informa que atualmente 1.871 condomínios residenciais participam do Programa de Coleta Seletiva, com a utilização de 2.876 contêineres. Mas é preciso orientar o morador a separar corretamente o material, diz a geógrafa Adriana Jazzar, especialista na área. Por exemplo, ensine-os a:

  • – Diminuir ao máximo o tamanho das embalagens;
  • – Eliminar a sujeira do seu interior (não precisa lavar muito, apenas secar);
  • – Depositar os resíduos nos coletores devidamente identificados; e a,
  • – Separar, além dos recicláveis (como papéis, metais, plásticos e vidros) e orgânicos (restos de alimentos e podas de jardim), pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos e óleo de cozinha (esses devem ser descartados em locais separados e apropriados).

Aos condomínios compete providenciar sacos diferenciados para facilitar a coleta (preto para os resíduos comuns; azul para os recicláveis; marrom para os orgânicos), orientar os moradores sobre a diferença entre eles e dispor de local coberto e minimamente ventilado para o armazenamento.

Matéria publicada na edição – 193 de ago/2014 da Revista Direcional Condomínios

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