Com o fim da sobretaxa e do bônus nas contas de água e esgoto da Sabesp, além do reajuste nas tarifas em 2016, as despesas dos condomínios da Capital Paulista aumentaram 25,35% em 12 meses.
Segundo dados da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), em novembro passado, o gasto médio por prédio chegou a R$ 3.296, ante R$ 2.629 em igual mês de 2015.
“A despesa só vem aumentando mês a mês após a recuperação dos reservatórios”, afirma o diretor de condomínios da entidade, Omar Anauate, que cita ainda o reajuste de 8,40% no valor das tarifas, em maio.
Com isso, a conta de água está pesando mais nos custos mensais dos condomínios. A participação dessa despesa na conta total passou de 6,53% para 7,35% em 12 meses.
Anauate afirma que o controle de consumo de água só é mais eficaz com a conscientização dos moradores e treinamento de funcionários. “Muitos condomínios fazem inspeção das unidades para verificar se não há vazamentos. Em relação a áreas comuns e externas, o ideal é treinar a equipe para que, por exemplo, usem menos a mangueira”, diz.
O diretor da AABIC lembra ainda que a tarifa cobrada muda de acordo com o volume consumido. “Se dois ou três apartamentos relaxam e extrapolam, o restante do prédio vai ser punido”, afirma.
A água foi o gasto que apresentou a maior alta em 12 meses entre as despesas dos condomínios de São Paulo. Na sequência, estão itens como benefícios e gastos administrativos e eventuais, com aumentos acima de 20%. No total, as despesas subiram 11,39% no período.
Só entre outubro e novembro, as despesas condominiais subiram 9,20%. Os custos com pessoal, que aumentaram 15,07%, e encargos sociais (8,92%) representam a maior parte dos gastos.
Segundo o índice calculado pela entidade, o valor dos condomínios de São Paulo apresentou alta 9,07% no mês, devido a despesas típicos da época, que incluem aumento significativo da folha de pagamento e recolhimento de encargos.
Com a variação do mês, a conta acumula alta de 7,78% nos últimos 12 meses, próxima à inflação medida pelo IGP-M no período, de 7,13%.
Fonte: Metro Jornal (SP)