Como evitar problemas com gás no seu condomínio?

O gás é um produto extremamente útil na vida dos brasileiros. Seja para usar no fogão ou para aquecimento de água, ele é indispensável no nosso cotidiano. Mas os perigos que ele trás são proporcionais à sua importância.

Para evitar que tragédias aconteçam, os síndicos precisam cuidar muito bem dessas instalações. O técnico Elinor Ribeiro de Souza, alerta que vazamentos “podem causar sérios problemas, tanto para o condomínio, quanto para os moradores. Por exemplo, se houver um vazamento na instalação, há o risco de causar explosão e incêndio”.

E como evitar consequências negativas nas instalações?

Duas coisas fazem uma diferença significativa nos sistemas de gás: modernização e manutenção.

Segundo Elinor, “a modernização nessa área é muito importante pois, os materiais utilizados ficam cada vez mais eficientes e seguros para as pessoas, causando até um menor prejuízo para os clientes, pois a probabilidade de haver um problema na instalação é menor”.

Com um sistema moderno e uma manutenção preventiva, os sistemas de gás sempre estarão preparados para desempenhar adequadamente sua função. Mesmo estando tudo em ordem, alguns imprevistos podem acontecer, portanto é sempre importante ficar atento aos sinais, principalmente se estiver com cheiro de gás.

O combate aos perigos das instalações de gás é um dever de todos: fornecedora, administradores do condomínio e moradores. A concessionária é responsável pelas manutenções periódicas, mas, segundo o artigo 1.331 do Código Civil, o encarregado pelas tubulações nas áreas comuns é o próprio condomínio. Já dentro de cada residência, quem fica com a responsabilidade é o proprietário.

Atenção, síndicos:

Segundo a cartilha “Inspeção Predial – Mecanização”, do Ibape-SP, é proibida a existência de redes de distribuição de gás em: dutos em atividade (ventilação de ar-condicionado, produtos residuais, exaustão e chaminés); cisterna ou reservatório de água; compartimento elétrico (painéis, quadros e caixas); depósito de inflamáveis explosivos e outros elementos de periculosidade; Interior de elementos estruturais (lajes, pilares e vigas); espaços fechados; poço ou caixa de elevador; não é permitido o uso de tubulação de gás como aterramento.

Individualização

Assim como nos sistemas hidráulicos, muitos condomínios têm instalações de gás coletivas. Mas isso deve mudar em pouco tempo. “Os síndicos estão preferindo adotar a individualização”, ressalta Elinor.

O técnico explica que “a instalação coletiva é a média do uso de gás de todos os apartamentos. No final, todos irão pagar o mesmo valor. A instalação individual é o valor apenas do uso de gás de um apartamento, ou seja, o morador irá pagar somente o que usou”.

Elinor aproveitou para destacar que os síndicos estão atrás da individualização, porque os moradores preferem esse tipo de sistema. “Geralmente, preferem o gás individual, pois é o mais justo em questão de custo. Moradores que consomem pouco não querem pagar a média, porque geralmente acaba saindo mais caro para eles”.

Mas para implementar esse processo mais justo, é preciso desembolsar uma quantia a mais. Elinor foi bem claro ao dizer que essa forma “é mais cara que a coletiva. Pois, é necessário uma tubulação para cada unidade.”


Matéria publicada na edição – 274 – jan/2022 da Revista Direcional Condomínios

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