Montar um escopo prévio e tecnicamente embasado dos serviços, buscar empresas de credibilidade, analisar suas documentações e dar lisura à concorrência são passos fundamentais ao sucesso de uma obra no condomínio. Na entrevista abaixo, o consultor Carlos Alberto dos Santos destaca outros itens também indispensáveis.
1. Premissas necessárias para um bom começo
O papel aceita tudo, ou seja, o síndico recebe um projeto bacana, mas por detrás dele é preciso observar, principalmente em obras de fachada, que envolvem altura e riscos: Os funcionários são próprios? Têm as certificações necessárias e atualizadas (como a NR 35, para trabalho em altura)? Os exames médicos atestam sua condição para o serviço (fundamentais em altura)? A empresa fez o PPRA e PCMSO específicos por meio de um técnico ou engenheiro do trabalho? Ela disponibiliza os EPI adequados? É preciso checar tudo antes mesmo da contratação, incluindo: Seguro de garantia do contrato para valores vultosos; de responsabilidade civil do prestador contra terceiros, garantindo o condomínio e a vizinhança na execução da obra; seguro de vida do trabalhador. Os dois últimos são obrigatórios para preservar os interesses do condomínio, que é corresponsável.
2. Como preparar as áreas comuns para a obra?
Ainda no exemplo da fachada, é preciso observar se há ancoragem no topo do prédio, o ideal é que o condomínio instale antes o sistema, não dependa do prestador para uma solução alternativa. Além disso, ele deve isolar as áreas de circulação que possam ser impactadas pelos serviços, para proteção dos moradores e funcionários; providenciar almoxarifado para os materiais, além de um local para os trabalhadores trocarem de roupa, fazerem suas refeições, que tenha banheiro etc. Por fim, deve haver uma comunicação contínua do gestor com os condôminos, informando-lhes sobre cada etapa da obra. Essa gestão deve ser feita pelo síndico e o zelador ou gerente predial.
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