Já existem no Brasil alguns edifícios construídos com eficiência energética, mas também os prédios mais antigos e consolidados poderão contar com esse recurso através de processos de retrofit de suas instalações ou mesmo de facelift. Este termo costuma ser empregado em intervenções que visam a conferir uma melhoria na fachada das edificações, de forma que elas ajudem o prédio a compensar as temperaturas (a reter ou liberar calor e/ou frio de acordo com a situação). Também inclui mudança das janelas, que podem ter tamanhos e vidros adequados para exercer a mesma finalidade, isto é, para reter ou refletir o calor e até o som. Assim, considera-se que a eficiência energética pressupõe soluções que diminuam a dependência da energia (para aquecer ou resfriar, por exemplo).
Podemos observar no Gráfico 01 o padrão brasileiro geral de consumo nas edificações (sendo que a lenha é de zonas rurais).
Gráfico 01 – Padrão de consumo de energia nas edificações brasileiras
Fonte: Ministério das Minas e Energia
A dependência da eletricidade é muito grande, o que se reproduz internamente, dentro do padrão de consumo de cada família. Observa-se no Gráfico 02 que, no geral, chuveiro e refrigeradores constituem os itens que mais consomem energia.
Gráfico 02 – Equipamentos domésticos que mais consomem energia nas residências brasileiras
Fonte: Pesquisa na Classe Residencial Procel-Eletrobrás 2007
Por esse estudo observa-se que tem havido ainda crescimento de consumo de energia de alguns itens, como o ar-condicionado, cuja participação saltou de 3% em 1997 para 20% em 2007. No entanto, com um estudo de eficiência energética é possível diminuir a demanda de consumo do equipamento.
O mesmo pode ser adotado para todos os demais aparelhos. Em relação ao condomínio como um todo, uma boa dica aos síndicos é buscar fontes alternativas de energia, otimizando o consumo de todos os eletroeletrônicos.
Eles também podem apostar na modernização dos elevadores, visando ao menor consumo de energia e procurando, ao mesmo tempo, melhorar a segurança, diminuir os ruídos (motores e guias) e promover a valorização do edifício. A título de exemplo, observe na Figura 01 um comparativo do consumo de energia em um elevador com modernização e em outro sem modernização.
As soluções são viáveis e poderão ajudar não apenas na economia financeira de cada condomínio, mas na racionalização do uso dos recursos naturais, com ganhos imensuráveis para as gerações futuras.
Figura 01 – Comparativo do consumo de energia em elevadores com e sem modernização
Fonte: Gestores da Norma VDI4707:2009 (Alemanha)