Condomínios apostam em praças esportivas para a 3ª idade

Um novo tipo de equipamento começa a ocupar o cenário de áreas livres de condomínios e praças públicas: com estruturas em ferro e/ou madeira, eles são indicados para exercícios de alongamento, equilíbrio e resistência muscular dos praticantes de atividades físicas da 3ª Idade. O síndico Adolfo Luiz Asquino, do Condomínio Residencial Parque das Nações, diz que teve a ideia de montar uma área com essa finalidade ao observar o uso dos aparelhos em uma colônia de férias no Interior de São Paulo.

Praça esportiva destinada aos moradores da 3ª Idade nos condomínios Residencial Interlagos e Parque das Nações (à dir.)

Com oito torres, cerca de 400 unidades e 36 anos de implantação, o Parque das Nações tem hoje o predomínio de uma população de faixa etária mais elevada. No local, a Unidade Básica de Saúde da região desenvolve trabalho interno semanal, com reuniões as quartas e sextas-feiras entre seus agentes e os idosos do condomínio. Uma vez por mês a médica do Posto da Prefeitura vai até o local atender aos moradores. Ali também são desenvolvidas campanhas de vacinação contra a gripe, parceria que já dura oito anos.

Desta maneira, não foi difícil para o síndico convencer o conselho de subsíndicos (são oito), além do consultivo, a investirem R$ 5 mil na montagem da nova praça esportiva. “Os equipamentos ajudam a trabalhar a força, as articulações e a coordenação”, justifica Adolfo. Na verdade, sua finalidade vai um pouco além. Segundo a consultora em esportes, Juliana Crepaldi, com graduação e pós-graduação em Educação Física, essa configuração de aparelhos possibilita trabalhar ainda aspectos cardiovasculares e a flexibilidade. Por isso, ressalva Juliana, os exercícios devem ser acompanhados por um especialista, já que conforme a idade e o peso corporal, existe uma indicação certa de intensidade e quantidade de movimentos para cada pessoa.

“Exercícios muito repetitivos podem ocasionar lesão, principalmente aqueles que trabalham o ombro”, alerta. Outro cuidado deve ser tomado por moradores com diagnóstico de artrose, doença que acaba se agravando com determinados movimentos físicos.

Matéria publicada na edição – 197 de dez-jan/2015 da Revista Direcional Condomínios

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