Dicas aos síndicos: Como orientar a posse dos animais nos apartamentos e áreas comuns

Síndico Waldemar Tubor

Síndico Waldemar Tubor: Advertência e multas são o recurso empregado para que “os proprietários assumam um pouco mais o controle da situação”

Dicas para orientar a posse dos animais

Latidos intermitentes, sujeira e reclamações de vizinhos compõem o cardápio usual de problemas que os síndicos devem resolver dentro do quesito “animais”. Gestores experientes, como Waldemar Tubor, hoje com nove condomínios em carteira, recomendam a aplicação de notificações e multas para tentar disciplinar a posse dos bichos de estimação.

Ele lembra que em um residencial localizado no Morumbi, zona Sul de São Paulo, com apenas 32 unidades, os transtornos eram recorrentes. “Chegamos a ter uma ocorrência de um cachorro solto no hall social, que entrou no elevador e mordeu uma moradora; ela precisou tomar pontos na mão. O proprietário foi multado e não questionou”, relata. Ele diz que aplicou ainda multas por barulho em excesso dentro dos apartamentos. Uma assembleia de condôminos chegou a ser realizada, no final de 2017, para ratificar as penalizações. “Desde então, basta somente aplicar advertência para que os proprietários assumam um pouco mais o controle da situação.” Abaixo, o síndico Waldemar Tubor deixa sugestões de regras aos seus colegas gestores:

Regras para as áreas comuns

– Transitar sempre com o animal preso na guia (independentemente do tamanho);

– Animais de grande porte devem utilizar focinheira;

– Recolher quaisquer resíduos dos animais das áreas comuns;

– Utilizar o elevador de serviço para chegar ou sair com seu animal;

– Utilizar o acesso de serviço para entrar ou sair com seu animal do condomínio;

– Não deixar o animal solto nas garagens ou áreas comuns, mesmo que ele já tenha este hábito.

No interior do apartamento

– Ficar atento quanto aos latidos dos animais, para que não incomodem os vizinhos, em especial das 22h às 8h;

– Não permitir brincadeiras que venham a incomodar os vizinhos, como atirar objetos para os cachorros;

– Deixar sempre um apoio mínimo necessário para o que o animal fique confortável sozinho (água limpa, comida, local para dormir etc.);

– Manter o interior da unidade limpo para evitar mau cheiro nos halls e incomodar os vizinhos;

– Descartar os resíduos dos animais devidamente embalados.

Gestão de áreas comuns e espaços pet

– Fornecer saquinhos para os proprietários recolherem as fezes dos animais tanto na rua como no espaço pet, o que facilita muito a limpeza;

– Ao implantar um espaço pet, escolher local de uso exclusivo dos animais e que não seja de fácil acesso às crianças. Por exemplo, Waldemar cita que criou, em um condomínio que administra, um espaço pet gramado no fundo de uma garagem, local que a construtora não pôde edificar e cujo acesso é feito pelo 2º subsolo da garagem. Caso o condomínio não disponha de área apropriada, é melhor deixar que as pessoas realizem os passeios externos, finaliza.

Matéria publicada na edição – 241 – janeiro/2019 da Revista Direcional Condomínios

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