“É um mau sinal um zelador que não traga demandas”

A síndica profissional e psicóloga Jailma A. Brito destaca que é “de extrema importância estabelecer uma parceria com o zelador”, principalmente pelas responsabilidades que os síndicos assumem em nome do condomínio. Entretanto, é papel deste gestor “provocar a proatividade no zelador, fazer com que ele apresente demandas”. “É um mau sinal o zelador que não traga demandas”, aponta.

Com 20 anos de experiência na área condominial, Jailma administra há pelo menos seis um empreendimento que reúne torre comercial, um pequeno shopping e um condomínio-clube no Morumbi, zona Sul de São Paulo. Além de uma equipe enxuta própria de confiança (entre eles, o gestor predial), ela conta com o suporte de 100 funcionários terceirizados.

“O síndico não é como o juiz de futebol, que aceita críticas, de meu nome não abro mão, por isso temos que ter muita responsabilidade com o que a equipe faz.” Isso inclui “acompanhar as tarefas” do zelador, observar a qualidade da manutenção “nos detalhes”. “Às vezes tem uma pedra no meio do caminho [na área comum], isso não parece nada, mas o condômino cobra, hoje ele se manifesta muito mais e tem acesso, inclusive, via internet, aos seus direitos.” Desta forma, ela espera do zelador:

– Portar-se como um líder de sua equipe, sabendo delegar, acompanhar e cobrar;

– Desenvolver um cronograma de manutenção;

– Providenciar uma varredura diária nas instalações e áreas comuns do prédio;

– Cuidar dos atendimentos e reposição de materiais; e,

– Antecipar-se às necessidades, não esperar que o condômino apresente demandas. “É frustrante quando o morador cobra tarefas que não foram executadas”, finaliza Jailma.

Matéria publicada na edição – 242 – fevereiro/2019 da Revista Direcional Condomínios

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