Cuidados devem ser mantidos em qualquer estação climática.
Além dos procedimentos com o tratamento da água, também os equipamentos e as instalações hidráulicas da piscina exigem atenção para que todo o sistema funcione adequadamente. A bomba, por exemplo, responde pela circulação da água. “É o coração da piscina”, atesta o engenheiro Armando do Nascimento, que atua há 27 anos no setor. “Já o filtro retém a sujeira em suspensão na água, retirando as impurezas. No conjunto filtro e bomba, um equipamento complementa o outro”, afirma. Além disso, Armando recomenda que os equipamentos não fiquem desligados por longos períodos, “o que pode travar os rolamentos dos motores”. “A bomba não pode ficar parada e a filtragem da água deve ser diária. No inverno, é comum os condomínios cobrirem a piscina e esquecerem-se dos cuidados, o que não é recomendado”, diz o engenheiro.
Atualmente, bombas e filtros são produzidos em material termoplástico – uma primeira geração de filtros era produzida em chapas de aço e as bombas em ferro, o que facilitava a oxidação e o aparecimento da ferrugem. Todo sistema demanda revisão a cada seis meses. A cada dois anos, no máximo, a areia do filtro deve ser trocada. “Em uma piscina com a água bem tratada, a areia do filtro dura mais. Quando a água não é cuidada adequadamente, a areia fica mais saturada”, compara Armando.
Para conhecer melhor os equipamentos da piscina do condomínio, é indicado verificar o memorial descritivo do prédio, onde estão especificadas as instalações. Armando explica que em casos de existir mais de uma piscina, deve haver também mais de um conjunto bomba-filtro. Segundo ele, um único equipamento exige manobras nos registros das instalações hidráulicas e “maior cuidado do pessoal da manutenção”. Outra recomendação importante é identificar todos os registros existentes na casa de máquinas e, se possível, deixar à mão um roteiro de quais manobras são necessárias para determinadas ações (como filtrar e retrolavar).
Também a perda de um ou mais elementos do revestimento da piscina pede manutenção adequada. Mas não é necessário esvaziar a piscina para fazer os reparos, orienta o engenheiro civil Marcellus Bellezzo, especializado em hidráulica e galerias de águas pluviais. Marcellus explica que cada metro cúbico de água transfere para a estrutura da piscina uma tonelada de carga: “Quando esvaziamos e reenchemos uma piscina, os esforços provocados pelo peso da água e variação térmica deslocam o revestimento, causam trincas e vazamentos posteriores.” O engenheiro adaptou para piscinas a técnica de reparos subaquáticos realizados em plataformas de petróleo. Com uma talhadeira, é removido o revestimento danificado, sem estragar aqueles situados próximos. A base é raspada e regularizada. Fora da água, é aplicado adesivo epóxi no azulejo, que é então aplicado no local. O epóxi excedente funciona como rejuntamento das peças. Para realizar o serviço, é preciso contratar um profissional qualificado, que utiliza um equipamento de respiração subaquática. A piscina poderá ser utilizada algumas horas após a colagem, sem maiores transtornos.
Matéria publicada na edição 159 jul/11 da Revista Direcional Condomínios
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