Psicólogo especializado em conciliação e mediação de conflitos em organizações privadas, Hernan Maximilian De Villar aponta os condomínios como potencialmente problemáticos porque “existem pessoas convivendo obrigatoriamente com outras, mesmo que não queiram”. A alternativa, então, é buscar sedimentar uma cultura democrática, algo ainda novo no Brasil, diz. “Somos uma sociedade muito narcísica, ensimesmada, ligada nas próprias coisas e pouco atenta ao coletivo. E aí, quando entra uma situação envolvendo poder ou a necessidade de lidar com o diferente, as pessoas levam tudo para o campo pessoal”, analisa Hernan.
Desta maneira, continua o psicólogo, cabe ao síndico desenvolver a capacidade de “ouvir o que está sendo dito como problema do condomínio, e não pessoal. Ele deve ouvir bem, assimilar, não reagir e ter a capacidade de ganhar tempo. Isso ajuda a não ‘pensar com o fígado’, pois quando se reage no impulso, você avalia mal as coisas e se perde.” Um síndico não deve ser omisso, nem impulsivo, defende Hernan. “Ele precisa ser flexível na condução das coisas do condomínio, manter posições firmes, no entanto, isso não pode ser confundido com autoritarismo.”
Matéria publicada na Edição 175 – dez/jan13 da Revista Direcional Condomínios.