Todo sistema de segurança em uma edificação deve estar focado na busca da máxima eficiência, ou seja, em evitar que haja invasões de seu interior, tanto das áreas comuns quanto das unidades privativas. Entretanto, quando um condomínio é rendido, qual deve ser a forma mais correta de agir? A orientação é deixada aqui pelo consultor e delegado Luís Renato Mendonça Davini.
1 – Diante da invasão e rendição dos moradores, como o porteiro deverá agir?
O porteiro deverá respirar, se acalmar e colocar em prática a palavra VIDA: V = ver; I = identificar; D = definir; A = agir. Ou seja, ele deverá acionar o botão de pânico, depois será inevitavelmente rendido e com isso, terá que manter calma, buscando acalmar os marginais e os condôminos.
2 – Antes disso, porém, caso o porteiro identifique um morador rendido ainda na eclusa, ele deverá ou não abrir o segundo portão?
O porteiro deverá abrir o portão da rua, para demonstrar que o marginal tem a opção de desistir. E ele terá também a opção de não abrir o segundo portão, mas isto exporá o morador ao risco real de morte. Em meu ponto de vista, nenhum sistema de segurança deve expor o morador a risco. Assim, o porteiro deverá abrir o portão, mas o condomínio precisa possuir um sistema de alarme eficiente, com botão de pânico e pronta-resposta emergencial.
3 – O que fazer em caso de chegada da polícia?
Neste caso, o porteiro estará rendido e, acima de tudo, não deverá esquecer o seu lado profissional e o treinamento recebido. Ele deverá ter e transmitir muita calma, buscando ser um “link” de proteção entre os marginais e os moradores “reféns”. A polícia, por sua vez, buscará identificar o comando dos marginais, para que desta forma realize o gerenciamento da crise, com a rendição dos marginais, a soltura dos reféns e, acima de tudo, com a integridade física dos reféns.
Matéria publicada na Edição 179 – mai/2013 da Revista Direcional Condomínios