O administrador Marcelo Mahtuk (foto ao lado), que atende a uma carteira de mais de 400 condomínios e, eventualmente, em uma situação extraordinária, acaba também assumindo a sindicância de alguns prédios, revela preocupação com a tendência de se contratar síndicos profissionais. Segundo ele, o problema reside no risco de haver um hiato entre as expectativas do contratante (condomínio) e do contratado (síndico). “Tem que alinhar a expectativa do condomínio com esse síndico. Às vezes o condomínio espera que terá um gerente ao contratar o profissional, alguém que vá ficar de plantão, mas esse não é o papel dele.”
Outra preocupação do administrador diz respeito à marca que o síndico irá imprimir ao local. “A cara do condomínio é a personalidade dos condôminos, não a do síndico. Uma gestão muito voltada para aquilo ele que entende de condomínio também não é a ideal”, observa Marcelo. Tampouco adianta focar o trabalho apenas na redução dos custos. Na verdade, as qualidades devem ser as mesmas entre os profissionais e os síndicos locais, como a “habilidade de se relacionar com as pessoas” e o apoio do conselho, instituindo uma forma colegiada de administrar. “O síndico deve ser um facilitador do relacionamento”, defende Mahtuk.
Matéria publicada na edição – 192 de jul/2014 da Revista Direcional Condomínios