Os condomínios estão aderindo em peso ao policarbonato e vidro no fechamento e proteção de áreas comuns, a exemplo de acessos, churrasqueiras e espaços gourmet, além do envidraçamento das varandas.
São materiais marcados pela leveza, que embutem características como: facilidade na manutenção e limpeza; transparência; possibilidade de uso de estruturas retráteis e flexíveis; e propriedades (em alguns casos) termoacústicas.
O síndico Marcos Bernardini, do Condomínio Acclimare Residence, localizado na Aclimação, bairro da região Centro-Sul de São Paulo, apostou recentemente na cobertura em policarbonato de todas as passagens da portaria do prédio em direção ao hall social, incluindo a rampa de acessibilidade (Fotos). “A decisão foi tomada por conta da comodidade e também da parte estética”, explica o gestor, ressaltando que o empreendimento entregue há cerca de cinco anos, com torre única, 74 unidades e lazer completo, recebe, no momento, investimentos em melhorias. Foi o caso da cobertura, contratação aprovada pela assembleia dos condôminos. A execução foi rápida e sem quebras ou maiores transtornos, observa.
Segundo Bernardini, o condomínio contratou arquiteto para observar a adequação da proposta de cobertura feita pela empresa responsável pelos serviços em relação à concepção arquitetônica do prédio. O profissional também acompanhou o processo de instalação. “O arquiteto propôs uma largura maior da cobertura sobre as passagens”, observa. O síndico diz que a presença de um especialista dá mais segurança ao condomínio para escolher o modelo, materiais e estruturas.
Um detalhe do projeto do Acclimare chama atenção: além dos acessos, as coberturas de policarbonato foram instaladas sobre o pergolado da churrasqueira, seguindo tendência crescente entre os condomínios que dispõem dessas estruturas. É o caso do Plaza Athenee, de São Caetano do Sul, onde a síndica Ana Josefa Severino optou pelo vidro nos pergolados existentes no entorno da portaria e na churrasqueira.
O QUE & COMO CONTRATAR?
Para o arquiteto Fábio Zeppelini, mestre em Arquitetura, Urbanismo e Tecnologia pela Universidade Técnica de Delft, na Holanda, boa parte dos condomínios ainda comete erros na hora contratar um serviço de cobertura. “Na maioria das vezes, infelizmente, acabam sendo ‘puxadinhos’ destituídos de um projeto arquitetônico.” Conforme avalia, o desembolso de um projeto “é muito baixo em relação ao que se vai gastar com a obra e os síndicos devem se conscientizar que esse também é um investimento, não um gasto!”.
Professor do curso de Arquitetura da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Fábio Zeppelini, destaca, a seguir, aspectos que apresentam relevância em um projeto de cobertura:
– Design (curvo, retilíneo etc.): A escolha dependerá da linha arquitetônica do edifício, a qual deverá ser estudada por um profissional habilitado, para que “a proposta remeta à melhor solução em termos estéticos, técnicos e de custo”;
– Materiais (policarbonato fixo, retrátil, vidro, lona etc.): Cada ambiente pede uma solução diferenciada, pois esses produtos têm “sua propriedade específica, além do custo”. Exemplo: os vidros termoacústicos exigem investimento elevado e devem ser utilizados em determinadas situações, “de acordo com a necessidade do projeto”.
Por exemplo, o síndico Marcos Antonio Masteguim, do Condomínio Edifício Salto Grande, no bairro da Pompeia, pretende implantar uma nova área de churrasqueira em espaço livre aberto, ao lado da quadra poliesportiva. Nesse espaço, o arquiteto contratado, Flavio Cunha, propôs uma estrutura em pergolado coberta com material transparente mas térmico, de forma a evitar calor excessivo aos usuários, principalmente no período diurno.
Matéria publicada na edição – 217 – out/16 da Revista Direcional Condomínios
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