Há cerca de um ano, o síndico Luiz Leitão da Cunha promovia o tratamento do piso em granilite da escadaria interna do Condomínio Fernão Dias, assim como dos halls dos pavimentos.
Pisos se mantém preservados um ano depois de receberem o tratamento do granilite no Condomínio Fernão Dias
Na época, foi necessário adotar uma logística de interdição parcial dos setores, conforme os serviços eram realizados. Afinal, foram tratados 36 pavimentos em granilite. Passados quase doze meses, a superfície se mantém íntegra, sem manchas e com brilho, face ao bom trabalho realizado e à conservação adotada desde então: Limpeza com pano úmido, bem torcido, e uso de detergente neutro apenas nos pontos de maior fluxo.
A síndica profissional Vanilda Carvalho, que hoje administra oito condomínios com idade média de 40 anos, lida com a necessidade de recuperação do granilite em alguns deles, como em um residencial localizado no bairro do Pacaembu, em São Paulo. O prédio, de mais de 70 anos e três andares com granilite, registrou (antes de sua gestão) a queda de um idoso por causa de falha no “pé” do degrau. O buraco foi tampado com cimento e resina, mas a escadaria exige tratamento total. “É um piso bonito, com cores e desenhos diferenciados, porém, temos alguns pontos com rachadura, quero ver se é possível a recuperação em vez de ter que trocar tudo”, afirma a síndica.
De acordo com Miguel Sinkunas, especialista ligado à Câmara de Prestadores de Serviços da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional), o granilite apresenta ótimo desempenho. É um tipo de acabamento que demanda a aplicação regular de película impermeabilizante e manutenção constante, no entanto, feito isso, resiste bem ao alto tráfego. “Quando bem cuidado, permite aparência de novo indefinidamente, seu custo de implantação e manutenção não é tão elevado quanto se imagina, em cálculos a longo prazo veremos ser altamente econômico.” Do contrário, poderá degradar rapidamente, caso de uso de produtos abrasivos.
O mercado costuma oferecer pelo menos dois processos recuperação do granilite, um deles, mais simples e barato, e desde que o piso não esteja craquelado e com trincas, é a aplicação de resina impermeabilizante. O outro, a exemplo do realizado no Edifício Fernão Dias, inclui o lixamento, retirada de resíduos e polimento final. Aqui, é possível recuperar o brilho original do piso.
Superfície pede novo tratamento – No Condomínio Hyde Park, a síndica Cínthia Zaratini afirma que há necessidade de recuperar os pisos em granilite das escadarias e hall de serviço térreo (foto ao lado); este já foi tratado uma vez e apresenta trincas. Mas, de acordo com ela, o serviço terá que esperar por obras mais urgentes. O condomínio de 72 apartamentos e 18 pavimentos, localizado no Brooklin, zona Sul de São Paulo, foi construído no final dos anos 70 e necessita modernizar as instalações elétricas, com aumento de carga, serviços já aprovados em assembleia e que deverão ser iniciados em breve. A síndica vem realizando ainda as demais adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros para a regularização do AVCB. (Por R.F.)
Cuidados com a ardósia – Nas demais áreas comuns do Condomínio Hyde Park, há pisos com ardósia e mármore. O destaque fica por conta da ardósia dos halls sociais (foto acima). O revestimento original está bem cuidado. De acordo com Cinthia Zaratini, o segredo se encontra nos procedimentos regulares de conservação. É essencial, antes de uma nova limpeza, a remoção da cera líquida anteriormente aplicada, observa. Depois disso, a pedra é lavada com sabão neutro. O excesso da água é retirado e o piso seco com pano. Por fim, é reaplicada nova camada de cera líquida, “na medida certa, para não ficar escorregadio”. O procedimento é repetido a cada dois ou três meses, “dependendo do fluxo de pessoas”. (Por R.F.)
Matéria publicada na edição – 251 – novembro-dezembro/2019 da Revista Direcional Condomínios
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