O piso em granilite, que durante décadas compôs escadarias e halls de serviços dos condomínios em São Paulo, voltou à moda, afirma o arquiteto Flávio Cunha. Composto por grânulos minerais, o granilite é um “fulget raspado, que funciona muito bem nos ambientes internos”.
Exemplo de granilite em escadaria de prédio de 1954, localizado em São Paulo
“Recomendo sempre a sua recuperação, pois é um material com boa resistência a alto tráfego”, diz. “É possível restaurar e, dependendo das fissuras que tenha, dá para estucar. Geralmente suas juntas de dilatação são em latão, material excelente e recuperável”, completa.
O mercado dispõe de variadas técnicas de recuperação de pisos em pedra natural, polida, de concreto, entre outros. Abaixo, alguns exemplos do que vale a pena tratar, segundo o arquiteto:
– ARDÓSIA: Sua recuperação é possível nas versões rústica e lisa. Representa um piso “mais resistente que a cerâmica e o porcelanato”;
– MÁRMORE BRANCO: É um dos materiais nobres que estão na moda. “Tudo o que é antigo está voltando, porque resulta de projetos mais bem pensados em termos de durabilidade e funcionalidade”, observa Flávio;
– MOSAICO PORTUGUÊS: Composto por pequenas pedras naturais, requer mão de obra especializada e rara. Mesmo assim, segundo o arquiteto, compensa recuperar;
– TRATAMENTO FLAMEADO/ESCOVADO: Pode ser aplicado nas pedras naturais, deixando-as antiderrapantes, sugere o arquiteto.
PISOS CERÂMICOS & PORCELANATOS – O porcelanato é um material cada vez mais usado nos acabamentos das áreas comuns, a exemplo da modernização do mezanino do Condomínio Mari, no bairro da Consolação, em São Paulo (foto ao lado). E, assim como os cerâmicos, o material pode ser tratado e recuperado. Em outro condomínio, entregue há cinco anos no Ipiranga, zona Sudeste da cidade, a síndica Janaína Persike conseguiu que a construtora recuperasse o porcelanato fosco dos halls internos dos 17 pavimentos do prédio. Eles foram entregues com diferenças de tonalidade e acúmulo de sujeira. “Foi realizado um processo de limpeza e polimento, que deixou o acabamento com brilho, como novo”, comemora Janaína.
Matéria publicada na edição – 262 – nov-dez/2020 da Revista Direcional Condomínios
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