Rufos ajudam a proteger a fachada

A síndica Helena Couto afirma que a instalação de rufos no topo do prédio onde mora, na região dos Jardins, em São Paulo, encerrou um ciclo de problemas crônicos de infiltração que havia anos afetavam 12 unidades do último andar da edificação. Uma obra de impermeabilização com troca de manta asfáltica já tinha sido realizada na laje da cobertura, sem estancar as infiltrações nos imóveis.

Laje de prédio

Na imagem ao lado, destaque em 1º plano do rufo que foi instalado em todo o perímetro da laje de cobertura de prédio durante obra na fachada

Ao assumir a gestão do condomínio, em 2013, Helena se deparou com esta antiga pendência. “Resolvemos então investigar e percebemos que os pontos de infiltração eram provenientes do muro de segurança da laje (guarda-corpo), que até então não tinha rufos. Como o prédio precisava de pintura, colocamos no pacote a instalação dessa estrutura em toda o perímetro. Depois disso nunca mais tivemos infiltração”, destaca.

A síndica aproveitou para promover reparos nas trincas da laje e aplicar no local uma tinta impermeabilizante, pois ao término da obra de impermeabilização, realizada pela gestão anterior em 2011, a superfície fora entregue apenas com a proteção mecânica sobre a manta asfáltica, “sem qualquer acabamento”. “A laje possui agora outra imagem e, mesmo sendo técnica, alguns moradores a acessam para se exercitar ou até tomar sol porque não temos área de lazer. Conseguimos também dar uma vida útil maior para a superfície.”

O rufo pingadeira ajuda a proteger o sistema da fachada. Segundo o engenheiro civil Eduardo Araki, ele evita que a água da chuva escorra pela superfície e/ou infiltre por debaixo das camadas de revestimentos como pastilhas, cerâmica e textura. O ideal é que ele tenha “uma projeção um pouco maior que a da face da parede, para permitir que a água ‘pingue’ fora da fachada”, diz. Outro engenheiro civil, que atua há cerca de três décadas na recuperação de fachadas de condomínios em São Paulo, afirma que os prédios que dispõem de rufos (no ponto onde termina o corpo da edificação, na laje da cobertura) chegam a postergar a necessidade de obras no sistema entre um a dois anos.


Matéria publicada na edição – 269 – julho/2021 da Revista Direcional Condomínios

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