Por que, quando e como Impermeabilizar?

A impermeabilização não é analisada com a devida importância por parte de alguns engenheiros, construtores, arquitetos, projetistas e também por muitos síndicos e proprietários de residências. Por isso, a infiltração de água acarreta uma série de patologias, como corrosão de armaduras, eflorescência, degradação do concreto e argamassa, empolamento e bolhas em tintas, curtos-circuitos etc, gerando altos custos de manutenção e recuperação.

Teto com infiltração

A infiltração de água é considerada um dos problemas mais frequentes nas edificações, podendo ocorrer de diversas maneiras, causando várias manifestações patológicas para a edificação, bem como sérios problemas à saúde dos moradores, principalmente crianças e idosos.

Por que as pessoas convivem com este quadro?

É cultural?

Talvez, pois como vimos em algumas destas imagens, convivemos com isto no dia a dia e não damos a devida importância.

Quantos de nós já parou para analisar “o que devo fazer para que isto não ocorra na minha obra ou na minha casa?”. Quantos de nós buscamos apoio na especificação ou em um projetista de impermeabilização durante a fase de projeto ou até mesmo quando o problema surge? Por que não se consultar com um especialista?

É comum somente recorrermos ao suporte ou especialistas após a patologia surgir e estar no mais avançado estado.

Falta de conhecimento?

Definitivamente não. Temos diversos recursos e meios de adquirir conhecimento por meio de entidades sérias como o IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização. Através do IBI, encontramos empresas associadas, fabricantes, aplicadoras, distribuidoras, projetistas e consultores que poderão auxiliar.

É como termos um estado de doença e antes de consultar o médico, vamos ao Dr. Google, que muitas vezes tem informações completamente erradas. Na impermeabilização é igual, NÃO siga o Dr. Google, pois lá você encontra muita informação errada. Procure sempre por entidades especializadas.

Financeira?

Pouco provável, pois se gastam 200 a 300 reais por m² em pisos e acabamentos e esquecem que, se a impermeabilização que está abaixo do piso falhar para solucionar, perderemos este valioso acabamento.

Negligência?

Não dar a devida atenção à impermeabilização, bem como qualquer técnica de engenharia é expor a estrutura e seus usuários a riscos e redução de vida útil da edificação. Portanto, se temos o conhecimento do risco e conscientemente não tomamos as providências, podemos considerar como uma negligência.

Evolução da impermeabilização

A umidade sempre foi uma preocupação para o homem, desde o tempo em que habitava as cavernas.

Quando suas casas construídas de folhas de árvore ficavam molhadas e seu interior úmido, eles não tinham a noção de troca do telhado e sim construíam um novo local e, com isso, levavam uma vida nômade. Com relação às cavernas era a mesma situação e quando estas estavam úmidas, também trocavam de local. Ou seja, a umidade sempre foi uma preocupação para o homem desde o tempo das cavernas.

As muralhas da China, os jardins suspensos da Babilônia e as pirâmides, também foram impermeabilizadas com óleos e betume.

No Brasil, durante o grande salto para o desenvolvimento econômico, destacam-se a construção do Túnel Nove de Julho e do Edifício Martinelli, ambos na cidade de São Paulo e construídos na primeira metade do século XX. Eles foram um marco no Brasil para o uso dos produtos impermeabilizantes importados.

A impermeabilização no País tomou um grande impulso a partir de 1973, com a construção do Metrô em São Paulo, que investiu muito em pesquisas e ensaios dos materiais, gerando a execução de um grande número de normas, onde o IBI com seus associados se fez presente, possibilitando a construção de subsolos e eliminação de porões, além da substituição de telhados por áreas utilizáveis, jardins, lajes de uso comum, abobadas etc.

José Miguel Morgado

Graduado em Engenharia Civil pela FAAP Fundação Armando Alvares Penteado, SP, em 1980, com MBA do Varejo de Material de construção – FAAP e Negócios e Inovação pela Barry University e University of Nevada – Estados Unidos. Atualmente é Diretor Executivo do IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização e consultor na empresa Morgado Consultoria para assuntos como: Marketing, Comunicação, Vendas, Negociação e Motivacional, entre outros assuntos. Consultor da Fluke Academy.

Mais informações: josemiguel@ibibrasil.org.br 


Matéria publicada na edição – 275 – fev/2022 da Revista Direcional Condomínios

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