Dona das mais belas vistas da cidade, a laje de cobertura até pouco tempo atrás estava esquecida, destinada a ser uma área técnica sem uso e em alguns casos até abandonada.
Seguindo da forte tendência de valorização do uso das áreas comuns após a Pandemia de Covid, os moradores perceberam que poderiam também desfrutar esse espaço, transformando-o em áreas habitáveis, com maior uso e valorização dos Condomínios.
Para isso, certos cuidados são necessários. Como as lajes não foram idealizadas para o uso dos moradores, o acesso ao local, às vezes, é muito difícil, podendo ser este o maior obstáculo. É necessário transformar esse acesso, respeitando as premissas de segurança, com todos os riscos avaliados, para o uso seguro dos moradores, incluindo crianças, adultos e idosos.
Um projeto de arquitetura é necessário para estudar e avaliar essa mudança.
Seguem algumas diretrizes para os Síndicos dispostos a implementar essa transformação:
- Construções só são permitidas aquelas que se enquadrem em baixo impacto urbanístico, que não acrescente área construída ao empreendimento e também não altere a volumetria da edificação.
- A impermeabilização e o sistema de drenagem em toda a área de cobertura precisam ser analisados e adequados para o novo uso, se for necessário, não queremos ter que quebrar tudo depois de pronto!
- Proteger as instalações de para-raios, acesso ao reservatório superior, descidas das prumadas entre outras instalações técnicas que existem nos topos das construções.
- Sugerimos a instalação de piso elevado, pois além de proteger a laje da carga térmica, é de fácil instalação e garante a manutenção nas tubulações expostas.
- Um guarda-corpo também é necessário com o mínimo de 1.10m em relação o piso. Cuidado para prever possíveis rajadas de ventos, uma vez que essas áreas são muito expostas ao clima.
- Não se esqueçam de prever um uso também para o inverno, assim o espaço fica ocupado em todas as estações do ano.
Por ser uma área comum, a laje de cobertura poderá ser um lugar precioso para os condôminos, ao invés de um lugar vazio, em uma cidade em que lutamos por espaços, é uma opção saudável, podendo ser utilizada como solárium, espaço para práticas de meditação e leitura, por exemplo.
Matéria publicada na edição – 278 – mai/2022 da Revista Direcional Condomínios
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