Elevador – Embelezamento

Um toque de renovação e modernidade nos edifícios

O Residencial Ma ison King Albert possui somente 15 apartamentos, um por andar, e foi erguido há 17 anos em um dos bairros mais nobres da Capital paulista, o Morumbi. Construído por uma incorporadora ligada à empresa do síndico Guido Guillier, estava, no entanto, até dois anos atrás com os elevadores defasados tecnológica e esteticamente, em clara desarmonia com o porte da edificação. “Nossos dois elevadores ficaram ultrapassados em termos de tecnologia, desempenho, segurança patrimonial e design”, observa Guido. “Eles não combinavam com o perfil do empreendimento”, acrescenta. Assim, os condôminos não se furtaram a contribuir durante 12 meses com um rateio extra para bancar uma reforma geral dos equipamentos, dando-lhes inclusive um novo visual e garantindo “a valorização do patrimônio”. “A intervenção estética melhorou muito o aspecto dos elevadores e nos dá a sensação de que estamos em um prédio novo”, ressalta Guido, empresário e engenheiro mecânico.

O embelezamento ou a reforma estética representa a última etapa dos processos de reforma e modernização dos elevadores, mas, conforme destaca Guido, entra como item importante na valorização das edificações. No seu caso, as intervenções iniciaram pela melhoria do desempenho, buscando-se um movimento mais suave e uniforme, passaram pela introdução de um sistema de acesso via senhas individuais (segurança patrimonial) e terminaram com a repaginação completa das cabinas.

“Tínhamos o mesmo padrão para o social e o de serviço. Agora, o primeiro foi todo revestido em aço inoxidável, já no outro trocamos a fórmica. Mudamos os pisos dos dois (optou-se pelo granito), as luminárias e as botoeiras, com painel em aço e sistema soft touch”, descreve.

Também nos condomínios de Maria Antonieta Junqueira Franco e Lúcia Mendes Miguel o embelezamento deu um toque de renovação e valorização dos edifícios.

Síndica de um condomínio de alto padrão localizado em Perdizes, zona Oeste de São Paulo, Maria Antonieta começou as intervenções pelo de serviço, pois a reforma faz parte de um processo mais amplo de recuperação e manutenção do edifício de apenas 14 condôminos (de um apartamento por andar), o qual já resultou na impermeabilização e pintura da fachada e em serviços elétricos e hidráulicos. “Vamos com calma, iremos agora orçar o elevador social e a troca do piso externo”, diz. Sem necessidade de rateio extra, a síndica afirma que optou pelo critério econômico ao atualizar o elevador de serviços. “Conservamos a botoeira, mas trocamos a fórmica das paredes, colocamos filetes e cantoneiras em aço, instalamos novo piso (o sintético deu lugar ao granito) e subteto em acrílico e também aço.” Maria Antonieta ressalva que o design deve estar adequado à configuração da cabina e ao perfil de uso do equipamento.

No Condomínio Quinta de Bragança, localizado no bairro do Morumbi, zona Sul da cidade, a síndica Lúcia promoveu mudanças mais drásticas nos quatro elevadores do edifício. Com 23 andares e apartamentos de quatro dormitórios, o Quinta possui dois sociais (privativos para cada unidade por andar) e dois de serviço. “Não foi um processo barato, mas compensou porque optamos pelo melhor e isso valorizou os imóveis”, avalia. Com contrato permanente de manutenção e os sistemas mecânicos e operacionais em ordem, a reforma teve somente o objetivo de fazer uma atualização do design. E seguiu a tendência de uso do aço inoxidável como parte principal do revestimento nos elevadores sociais e da fórmica nos de serviço, adornada por frisos e cantoneiras em aço.

Nos sociais, por exemplo, a fórmica deu lugar ao revestimento em aço inoxidável, trocou-se o espelho, o corrimão e a iluminação, o granito antigo e escuro foi substituído por um mais claro e as botoeiras foram renovadas, adotando-se a versão digital. “Instalamos ainda interfone viva voz e sinalização dos andares”, diz. Já nos de serviço, as paredes continuaram em fórmica, mas em tonalidades mais claras e com detalhes em aço. As demais alterações seguiram o padrão dos sociais. O resultado foi que no Natal do ano passado os condôminos puderam usufruir do conforto dos elevadores modernizados, predominando “uma sensação de ampliação de espaço”, comenta Lúcia Mendes.

Modernização Artesanal Com duas torres, cinco elevadores e cerca de 37 anos de vida, o Condomínio Edifícios Marquês de Santa Cruz e Marquês de Lajes, situado no bairro de Higienópolis, área central de São Paulo, foi outro que promoveu grandes mudanças estéticas dos equipamentos. Mas, diferentemente das reformas usuais, “que costumam abranger apenas as cabinas”, “os cinco projetos também incluíram a modernização estética de todas as 90 portas de pavimento e batentes”, ressaltam o síndico Alberto L.

Uribe e o subsíndico Isaac Claudio Gercwolf, ambos engenheiros. Uribe e Claudio destacam que o processo foi praticamente artesanal, “visto o nível de perfeição alcançado nas cabinas e, especialmente, nas portas de pavimento; custa crer tratar-se das antigas portas reformadas e não de novas”, apontam. As intervenções foram amplas e envolveram também a atualização tecnológica, feita em 2006 nos três sociais e praticada simultaneamente à estética nos dois de serviços, entre o final de 2007 e começo de 2008. A renovação foi concluída em novembro passado, com o embelezamento dos sociais.

“Em ambos os casos (serviços e sociais), as modernizações estéticas foram de escopo completo, incluindo novos contrapisos de compensado naval, pisos de granito exportação desenhados a duas cores, rodapés de aço inox escovado liso, revestimento das paredes e portas em aço inox escovado padrão Usina Acesita, subtetos em aço inox idem e acrílico leitoso, espelhos de segurança inestilhaçáveis, corrimãos em aço inox, e ventiladores de teto (que acionam automaticamente quando a cabina está em movimento)”, descrevem os engenheiros.

Mas não parou por aí: houve ainda “o fechamento dos antigos visores horizontais e a abertura de modernos visores verticais com puxadores e telas de aço inox escovado e vidros fumês”, acrescentam, concluindo que as portas receberam pintura automotiva nos elevadores de serviços e revestimento em aço em ambas as faces nos sociais.


Matéria publicada na edição 146 mai/10 da Revista Direcional Condomínios

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