Pela melhoria no desempenho, segurança, economia e conforto
Além de se adequar às exigências do Relatório de Inspeção Anual (RIA), obrigatório aos elevadores em São Paulo, a modernização desses equipamentos procura atender às necessidades de melhoria de desempenho e menor consumo de energia. A incidência de falhas, o desgaste natural das peças, além do desempenho e da economia são os fatores que têm levado à modernização, afirma o engenheiro mecânico e técnico em eletrônica Sérgio Rodrigues, com experiência de dezessete anos na área.
“Nas edificações residenciais e comerciais, a necessidade surge de forma mais clara quando a reincidência de problemas começa a incomodar os usuários.” Sérgio refere-se a ruídos, desnivelamento, desconforto com partidas ou paradas bruscas, além das paralisações. A síndica profissional e consultora de condomínios Mary Lorena Gurevich esclarece, por sua vez, que nos comerciais outro grande fator para modernização vem do déficit entre a capacidade de transporte e a demanda. Nesse aspecto, a implantação do sistema de chamada antecipada tem sido um item obrigatório, “pois há um ganho significativo de tempo de viagem”.
Nos residenciais, os desencadeadores da modernização estão relacionados à segurança (como a substituição do sistema de freio antigo, de lona), ao histórico de manutenção inadequada ou parcial, e à obsolescência dos equipamentos. Mesmo nos edifícios mais novos, ressalva Mary, identifica-se o problema da obsolescência, pois os elevadores costumam ser entregues pelas construtoras com um sistema básico, tornando-os lentos e inadequados. Modernizar, segundo Mary Lorena, não representa “trocar o velho pelo novo”, mas se adaptar às demandas.
A síndica sugere ainda aproveitar a modernização para adequar o sistema de transporte vertical às novas normas de segurança e legislação e, somente ao final, providenciar sua reforma estética. Essa parte inclui a troca do layout da cabine, com a substituição do revestimento das paredes, piso e subtetos por materiais mais modernos e não inflamáveis, e a instalação de rodapés com ventilação, corrimão e botoeira em braile e adaptada aos cadeirantes, entre outros.
Síndica profissional em quatro edifícios, um residencial e três comerciais, Mary administra o Cetenco Plaza, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, onde coordena a modernização total dos equipamentos, orçada em R$ 4 milhões. Também conduz a modernização parcial em um prédio residencial, com dois elevadores, um dos quais concluído. Com mais de trinta anos, a edificação possui dois carros e jamais havia realizado esse tipo de intervenção. Orçados em R$ 70 mil, os trabalhos atendem aos quesitos de segurança (com novos freios e limitadores de velocidade), inovação tecnológica (com a implantação de um quadro de comando eletrônico e um só botão de chamada no andar, de forma a que operem de maneira coordenada) e conforto (redução da velocidade na chegada ao destino).
Para o engenheiro Sérgio Rodrigues, a modernização mínima envolve troca de quadro de comando, das botoeiras das cabines, da fiação, além da restauração da máquina de tração, dos sistemas de porta e dos equipamentos mecânicos, entre estes os limitadores de velocidade. Entretanto, pondera, “é preciso avaliar caso a caso”. Segundo ele, o custo da reforma em um residencial fica entre R$ 30 mil e R$ 60 mil, desde uma intervenção localizada no sistema eletrônico a um serviço mais amplo, incluindo elétrica (fiação e comando), mecânica (cabo de tração, mecanismos de porta) e reforma estética.
Matéria publicada na Edição 144 de março de 2010 da Revista Direcional Condomínios.
Matéria publicada na edição 144 mar/10 da Revista Direcional Condomínios
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