Existem dois sistemas de geração fotovoltaica: o “off grid” e o “on grid”. Saiba como funcionam e tome cuidado com as falsas promessas!
A bola da vez em energia, como se diz no jargão popular, é a geração de energia fotovoltaica, que, diferente do aquecimento solar, gera energia através de células chamadas de fotovoltaica, transformando a luz solar em energia elétrica. A proposta é que, além de gerar energia, normalmente suficiente para você não pagar energia elétrica, ela também tenha um papel importante na sustentabilidade do planeta, já que não polui o ar, como é o caso do petróleo e seus derivados.
Em parte, isto é certo, mas a maior parte da energia elétrica gerada no Brasil é por recursos hídricos, então a poluição é menor. Mas vamos voltar ao foco do artigo, que é alertar para a instalação de sistemas fotovoltaicos em condomínios ou mesmo em casas.
A primeira coisa a saber é que existem dois sistemas de geração fotovoltaica: (1) “off grid”; e (2) “on grid”. O “off grid” usa baterias para armazenar a energia gerada pelas placas e alimenta a edificação através do que ficou armazenado nas baterias, desta forma, você sempre estará usando essa energia armazenada e poderá até utilizá-la à noite. Normalmente, o sistema “off grid” é empregado em locais remotos e onde não há acesso à energia distribuída pela concessionária.
Já o “on grid” atua como um sistema de placas e componentes que passa a ser um gerador de energia elétrica e é interligado na rede da distribuidora, através de um medidor bidirecional que vai controlar o que a sua instalação gera e consome, “vendendo” o que sobra para a concessionária. Porém, no período sem insolação (à noite, por exemplo), você passa a consumir energia da concessionária.
Ambos os sistemas podem ser vantajosos, pois com a insolação média do Brasil, a geração de energia elétrica acaba sendo praticamente constante, e, portanto, durante este período não teremos consumo de energia vendido pela distribuidora de energia. Mas cada um deles tem suas desvantagens também. O “off grid” possui o item bateria, que requer espaço grande para instalação, são componentes que apresentam defeitos e, via de regra, custam caro. Já o sistema “on grid” requer a interligação com a distribuidora de energia e você faz uma troca de créditos quando está gerando (durante o período de sol) em troca do fornecimento deles durante o período sem sol. Mas é preciso tomar cuidados com falsas promessas! Isto porque, um projeto de instalação de sistema fotovoltaico precisa ser feito sempre por profissionais qualificados. Como um engenheiro eletricista que tenha todo o conhecimento dos sistemas e que avalie a instalação completa do prédio para depois indicar a melhor solução, com a melhor performance. Além disto, o projeto tem que contemplar alguns itens importantes como: área para instalação das placas, incidência de ventos e suportabilidade da estrutura das placas. Lembre-se que será instalado mais peso no teto e, em alguns lugares, a estrutura não comporta mais peso. É preciso considerar ainda o número necessário de placas para que o sistema tenha eficiência e, o principal, verificar como será usada esta solução, para que realmente se torne um benefício e não um pesadelo.
Pesquise muito sobre o tema e avalie as empresas antes de decidir pelo sistema fotovoltaico.
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