Engenheiros orientam sobre reforma das superfícies de garagem nos condomínios

Garagens em subsolo, no térreo ou elevadas trazem sistemas construtivos diferentes, com desempenhos variados do acabamento de suas superfícies e, consequentemente, natureza diversa de problemas, aponta o engenheiro civil Claudio Eduardo Alves da Silva.

Garagem

Epóxi (foto abaixo) e cimentado são algumas das opções para as garagens das edificações

Pisos externos sobre lajes, por exemplo, costumam apresentar com o tempo falta de resistência superficial, que provoca a soltura de pó, além de trincas. E se esta for uma laje estrutural, poderá haver maior comprometimento. Já as superfícies construídas diretamente sobre o solo (aterro) estão sujeitas a movimentações. Quanto aos pisos do subsolo, Claudio Eduardo costuma verificar, em serviços de vistoria, esfarelamentos, falta de uniformidade e trincas, “que sempre aparecem, seja pela falta de juntas de dilatação ou até por falhas na posição de armaduras negativas no momento da confecção da laje”.

Para quem busca corrigir essas anomalias e revitalizar o ambiente, a engenheira civil Rejane Saute Berezovsky, diretora do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), propõe um projeto amplo que recupere a “saúde da garagem”, corrigindo os pontos de infiltração nas paredes e piso, as armaduras expostas, o desplacamento de revestimentos, o esfarelamento da superfície e falhas no sistema de escoamento de água.

Feito isso, os condomínios podem apostar na valorização do condomínio com aplicação de novos materiais, a exemplo de resinas e tintas como o epóxi. A síndica profissional Mariza Carvalho Alves de Mello acompanhou a modernização da garagem do Condomínio Positano, um residencial localizado na região do Parque Ibirapuera, em São Paulo, com aplicação de epóxi sobre revestimento cerâmico. Segundo ela, o resultado ficou bem homogêneo, esteticamente bonito, resistente e de fácil manutenção.

Também a síndica Rose Marie Arb, do Condomínio Edifício Jaú, no Jardim Paulista, optou pelo epóxi há cerca de um ano na garagem do subsolo. O efeito proporcionado pelo material ao ambiente foi muito bom, mas como o subsolo possui índice elevado de umidade, alguns pontos formaram bolhas no revestimento. Rose, juntamente como o prestador responsável pelos trabalhos, está buscando uma solução. No geral, ela recomenda o epóxi pela facilidade de manutenção (limpeza), pela durabilidade e o efeito estético que proporciona ao ambiente. O síndico André Matarucco também aprovou o epóxi aplicado no ano passado nos três subsolos do Condomínio Glam Moema, na zona Sul de São Paulo. Mas ali, assim como no prédio de Rose Arb, ele enfrenta problemas em alguns pontos, como pequenas perfurações ou aderência do piso aos pneus dos carros, situação que está sendo trabalhada junto com o prestador de serviços.

Matéria publicada na edição – 233 – abril/2018 da Revista Direcional Condomínios

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