Os edifícios mais modernos trazem varandas ampliadas e churrasqueiras, e, com o envidraçamento, acabam incorporando o espaço à área interna dos apartamentos. Já nos prédios mais antigos, que dispõem de sacadas, os proprietários tendem a também promover o fechamento do ambiente, procurando ampliar a área útil de seu imóvel. O engenheiro civil Roberto Boscarriol Jr. analisa a seguir a maneira correta de conduzir a anexação.
1. É preciso estudo de viabilização?
Sempre é necessário um estudo, não somente arquitetônico e de decoração, mas que analise o impacto estrutural da intervenção, especialmente agora com a vigência da NBR 16.280/2014, que normatiza a realização de obras internas nas unidades.
2. Quais itens deverão ser conferidos?
Um especialista deverá estudar o formato e a ancoragem das varandas. É importante lembrar que elas podem estar total ou parcialmente presas pelas bordas, podem ser internas à estrutura do prédio ou se apresentar na forma de plataformas suspensas (balanço), com ou sem vigas. O profissional irá ponderar o impacto do peso de seu fechamento sobre a estrutura do prédio, considerando-se a soma disto em todos os pavimentos do edifício, além do enchimento necessário para nivelar o piso e o revestimento que será aplicado no local. De outro modo, é preciso orientar o morador contra o uso de vasos gigantes, aquários em alvenaria (ou concreto) e peças de decoração em pedra, granito ou mármore, que também impactam bastante sobre a estrutura do edifício. Finalmente, o especialista irá observar a tecnologia de fechamento, se em caixilho, vidro blindado etc., pensando ainda na estrutura.
3. Batendo O Martelo
Mesmo, porém, que o especialista desenvolva um projeto de viabilização do fechamento e da anexação da varanda à sala, a obra terá que receber o aval do condomínio, considerando-se as normas da Convenção, as leis municipais e a NBR 16.280/2014.
Matéria publicada na edição – 197 de dez-jan/2015 da Revista Direcional Condomínios