Época de apostar na “2ª geração” das coberturas no condomínio

O condomínio ID Jardins virou o ano com estruturas novas nas áreas da churrasqueira e espaço fitness, depois de promover a troca das coberturas desses ambientes. Localizado na Bela Vista, próximo à Avenida Paulista, em São Paulo, o ID Jardins já se encontra em sua “2ª geração” de coberturas. Com torre única e 78 apartamentos, o ID Jardins foi implantado em 2006 sem esses recursos, instalados posteriormente em policarbonato alveolar. Cerca de dez anos depois resolveu que era tempo de substituí-lo.

Síndico Wolfram Werther

Nova cobertura em policarbonato da área da churrasqueira do Condomínio ID Jardins, que substituiu o modelo alveolar

“Estávamos nos aproximando do final da vida útil do policarbonato, já tínhamos muitos pontos de vazamento nesses locais”, explica o zelador Juliano Silva Marinho. No fitness, principalmente, era preciso garantir a estanqueidade da instalação, já que o piso também foi substituído (de um laminado por vinílico) As estruturas de sustentação e fixação não foram mexidas. Segundo Juliano, os condôminos aprovaram os investimentos (em torno de R$ 80 mil) em assembleia geral extraordinária.

Três são os principais motivos para a renovação das coberturas, afirma um profissional que atua há 30 anos no segmento:

– Final da vida útil do material;

– Pela modernização dos materiais, “pois hoje eles estão melhores, mais leves e bonitos”;

– Pela atualização conceitual do design.

De acordo com esse profissional, as reformas dividem-se em:

1 – Tirar o policarbonato velho e instalar um novo sem alterar a estrutura. “É mais econômico”; ou,

2 – “Mudar tudo: Estrutura, design e policarbonato.”

O mais comum é substituir o policarbonato antigo (em geral, alveolar) por um modelo compacto ou por telha termoacústica, recuperando-se a estrutura (troca de partes danificadas e/ou pintura).

Variações de Materiais e Modelos

O policarbonato e o vidro temperado figuram entre os materiais mais requisitados para as coberturas nos condomínios, afirma o profissional. O policarbonato é valorizado pelo seu custo e benefício. “É material leve, bem duradouro, possui resistência a impacto e vida útil de 15 anos”, diz. Ele se diversifica ainda em termos de funcionalidade: Fixos ou retráteis (automáticos ou manuais), maior ou menor transparência, proteção térmica ou não etc. Também o design apresenta inúmeras variações, desde as cores ao seu formato (alveolar, compacto).

Entretanto, o vidro, mesmo com maior risco de quebra e apesar de ser mais pesado, o que demanda estrutura mais robusta, “tem sido preferido porque não estraga e é mais bonito”. O vidro é oferecido pelo mercado na versão temperada ou laminada.

Na verdade, é importante que o condomínio contrate um projeto arquitetônico que defina a melhor solução de cobertura para o ambiente, e seja compatível com o perfil da edificação e com as características mais valorizadas para o uso do local (proteção térmica, acústica, dos ventos, dos raios do sol etc.).

Conservação & Limpeza

Assim que foi concluída a instalação da nova cobertura na churrasqueira do Condomínio ID Jardins, a administração do condomínio teve que emitir comunicados de alertas aos moradores, para que parassem de atirar “restos de cigarro aceso” sobre a estrutura. Duas placas acabaram danificadas e tiveram que ser substituídas, relata o zelador Juliano Marinho.

Esses materiais podem durar entre dez e quinze anos conforme a sua conservação. Além do mau hábito dos moradores, procedimentos equivocados de limpeza contribuem para diminuir a vida útil do policarbonato, alumínio e vidros. Para a manutenção, as principais dicas dos especialistas são:

– Na hora de limpar, evitar o uso de buchas ásperas, vassouras e palhas de aço;

– Nunca aplicar produtos abrasivos, além dos derivados do petróleo;

– O policarbonato transparente deverá ser lavado com mais frequência que o colorido. Em qualquer um deles, porém, para que não fiquem riscados (este risco é maior do que no vidro), é preciso antes da lavagem remover poeira e resíduos por meio de um jato d’água. Somente então poderá haver o movimento de esfregação com acessório macio ou lavadoras de pressão. O excesso d’água do enxágue terá que ser retirado através de um rodo de borracha, em um movimento que acompanhe a caída da cobertura;

– Nos perfis de sustentação em alumínio, a limpeza poderá ser feita com aplicação de vaselina, desde que protegidas as placas de policarbonato (que poderão ser danificadas caso sejam atingidas). Já os perfis em aço poderão ser repintados conforme a necessidade, desde que também aqui as placas fiquem protegidas.

Condomínio ID Jardins

À esq., instalação de nova cobertura no espaço fitness do Condomínio ID Jardins

DEMANDA DO “PÓS-IMPLANTAÇÃO” – Entre os condomínios novos, a falta de coberturas nas áreas comuns é flagrante, observa a síndica profissional Vanessa Munis. No final do ano passado, a gestora acompanhava a instalação dessas estruturas em inúmeros pontos de acesso de um residencial de apenas três anos, em São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo. Com duas torres, 256 unidades e lazer completo, o empreendimento foi entregue sem o equipamento. Os condôminos decidiram então instalar a estrutura em alumínio e cobertura de vidro temperado nas portas dos halls e na área da portaria

Condomínio em São Caetano do Sul

Matéria complementar da edição – 252 – janeiro/2020 da Revista Direcional Condomínios

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